[ESTUDO] Gene Indicador de Recorrência do Tumor Desmóide no Pós-Operatório

Oi gente, como vocês estão?

Eu achei um artigo que, pelo que entendi, poderá nos ajudar muuuuuito a descobrir o quão recorrente o tumor pode ser após a cirurgia a partir da análise de um gene nosso. Ainda estou tentando assimilar o artigo, mas eu acho que esse pode ser o caminho pra nossa constante dúvida do "Operar ou não operar, eis a questão". Quem sabe a gente não possa fazer estudos genéticos pra ver nossas chances de cura no futuro, né? Acho que posso sonhar com isso! 

Eu traduzi ele meio que na agonia pra terminar logo, mas acho que deu pra entender! hahahaha 
(a parte dos resultados eu não entendi muito bem, foram muitas coisas técnicas aí fiquei confusa, mas  alguém que desenrole inglês pode dar uma mãozinha nisso)
Lá vai ele:

Mutação do gene CTNNB1 45F é um prognosticador molecular do aumento da recorrência do tumor desmóide primário no pós-operatório.

O papel da substituição da serina para a fenilalanina no codão 45 (a mutação S45F) no gene catenina B-1 (CTNNB1) foi relatado. Para confirmar dados anteriores, os autores avaliaram a correlação entre o tipo de mutação do gene CTNNB1 e a recorrência local neste estudo retrospectivo e multi-institucional.

MÉTODOS:
Foram incluídos pacientes com TD (tumor desmóide) esporádico e primário que se submeteram a uma cirurgia macroscópica completa. Análises de sobrevida livre de recorrência pelo método de Kaplan-Meier e testes de "log-rank" foram realizados para comparar estratos.

RESULTADOS:
No total 179 pacientes foram identificados, sendo 65% mulheres e 35% homens (idade média de 39 anos e tamanho do tumor de 7cm). A maioria dos TD estavam localizados no abdomen e parede toráxica (42%), seguido por áreas extra-abdominais (40%) e intra-abdominais (18%). All patients underwent either R0 resection (62%) or R1 resection (38%), and most underwent surgery alone (80%). A substituição da tirosina pela alanina no codão 41 (T41A) foi a mutação mais frequente (45%), mas a mutação S45F prevaleceu mais nos TD extra-abdominais em comparação com outros locais. Num acompanhamento médio de 50 meses, 86% dos pacientes se manteram sem o tumor. A estimativa das taxas de 3 anos e 5 anos das análises de sobrevida livre de recorrência foram de 0.49 e 0.45, respectivamente para pacientes que apresentaram tumores com a mutação S45F; 0,91 e 0,91, respectivamente para pacientes que tinham tipo agressivo de tumores; e 0.70 e 0.66, respectivamente para todos os outros. Foi observado um comportamento similar nos casos que se submeteram à cirurgia apenas. Numa análise multivariável, a mutação manteve o único fator que foi o prognóstico de recorrência local.

CONCLUSÕES:
Esta série confirma que primariamente, completamente ressecados, TDs esporádicos com a mutação S45F têm uma tendência maior à recorrências locais. Com o aumento da implementação da "espera assistida" como uma forma de controle do TD, será importante para determinar se o tipo de mutação prediz a evolução para estes pacientes.



Veja o artigo original na PubMed