tag:blogger.com,1999:blog-18878711120180967122024-02-07T01:12:47.765-03:00Caroço, pra que te queroUm blog sobre o Tumor Desmóide, ou fibromatose músculo-aponeurótica, ou fibrodermatose, ou dermatofibrose.Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.comBlogger60125tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-48031432187467646862019-08-24T10:18:00.001-03:002019-08-24T10:18:41.753-03:00A ressonância e o fantasma da doença<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitpH2mUnVJhMKkVWowbJOMCGzWc23nm_GKGawtkVTCcpiuWhNwzZtt9WUHDEAOHThkJMmkPuhHo6caEuBp3Y2_uA5g356bUKRbNWFV15AV3FHDvmB2La6WHLMTDe3JgzJmDVfkuIDV8vY/s1600/photo_2019-08-24_09-55-47.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="838" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitpH2mUnVJhMKkVWowbJOMCGzWc23nm_GKGawtkVTCcpiuWhNwzZtt9WUHDEAOHThkJMmkPuhHo6caEuBp3Y2_uA5g356bUKRbNWFV15AV3FHDvmB2La6WHLMTDe3JgzJmDVfkuIDV8vY/s320/photo_2019-08-24_09-55-47.jpg" width="209" /></a></div>
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Oi, gente! A postagem de hoje não é informativa, é apenas um desabafo.<br />
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Fazer uma ressonância magnética nunca foi fácil para ninguém. Primeiramente pelas condições em que o paciente tem que se submeter: entrar em um tubo de diâmetro mínimo e ficar lá dentro imóvel em uma posição desconfortável por um tempo (que varia com a quantidade de áreas do corpo a serem visualizadas - no meu caso varia entre 1h e 1h30min) e abstrair o imenso barulho da máquina repetindo sons terríveis ao longo do processo. É você sozinho com seus pensamentos. Caso o paciente não consiga ou não queira passar por tudo isso acordado, existe a opção de fazer a ressonância com acompanhamento anestésico (que também não é uma escolha fácil de se fazer, afinal são mais drogas no corpo do paciente e horas de recuperação). Para mim, ficar naquela posição era tão dolorosa que mesmo inconsciente meu corpo tinha espasmos e sempre acordava dolorida.<br />
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O segundo motivo que torna a ressonância um exame difícil - e esse acredito que toca em todos - é o medo. O fantasma dos dias ruins, das incertezas sobre o sucesso dos tratamentos e do sentimento de que não tem para onde ir, que normalmente fica bem adormecido no dia-a-dia, aparece como um gigante quando "o grande dia" vai se aproximando.<br />
- E se ele voltou a crescer? O que vou fazer? Vou voltar a fazer quimioterapia? Será que consigo pelo SUS? Eu li que existem novas drogas no mercado. Mas minhas dores não aumentaram, não pode ter crescido...<br />
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A preparação para entrar na sala é sempre um momento delicado para mim, me dá vontade de chorar, de desistir e sair correndo dali. Felizmente sempre consigo vencer o fantasma - que com o passar dos anos foi diminuindo a cada "tumor estável" que lia nos laudos. Sempre com a ajuda de meus pais e de profissionais empáticos que fazem o possível para me deixar confortável.<br />
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Hoje, por mais que para mim seja difícil, eu entendo que ainda assim sou privilegiada por ter um tumor estável e meu fantasma ter diminuído de tamanho. Foi lá dentro daquela máquina que pensei em todos esses 17 anos de luta contra o tumor desmóide e em como consegui vencê-lo (um tumor estável já é uma vitória grande, né?) que gostaria de dizer que você "desmoideano (a)" não está só e que existe uma luz no fim do túnel, por mais que nesse momento não pareça ter! É possível ficar bem, é possível conviver em harmonia com o diagnóstico.<br />
Eu estou ha 7 anos apenas acompanhando o tumor anualmente e, apesar da sensação ruim que o exame me traz, consegui enxergar que era apenas isso, uma sensação que é intensa, porém passageira e que não pode me vencer.<br />
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Te desejo força para suportar os piores dias e leveza para aproveitar os melhores.Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-53447966205524665192019-08-05T22:00:00.003-03:002019-08-05T22:00:37.747-03:00A importância de encontrar uma equipe médica que conheça a doença de perto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxEWT6tKvTs2hxZks1PJ_AeEd4r_sm9eBuDW0xM2HZfW4qnvQm3SUgPOLiHzv99_dic_d3_N9c0nkwWYbTdcyEdRSyCccqrCU1E8N30QY1uNps44mf8m8oDFGEiMLILfaS_bbQ3l724ZA/s1600/photo_2019-08-05_21-57-29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="660" data-original-width="1280" height="329" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxEWT6tKvTs2hxZks1PJ_AeEd4r_sm9eBuDW0xM2HZfW4qnvQm3SUgPOLiHzv99_dic_d3_N9c0nkwWYbTdcyEdRSyCccqrCU1E8N30QY1uNps44mf8m8oDFGEiMLILfaS_bbQ3l724ZA/s640/photo_2019-08-05_21-57-29.jpg" width="640" /></a></div>
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Acredito que muitos de nós, em algum momento da jornada de descoberta por um tratamento do tumor desmóide, já ouviu algum médico falar que é uma doença de fácil abordagem por se tratar de um tumor benigno. Não é bem assim.</div>
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O desmóide, apesar de ser considerado benigno, apresenta todas as características de malignidade, exceto pelo fato de não se espalhar pelo corpo (ao que se chama de metástase). Um tumor benigno tradicional se limita a uma determinada área e suas margens são bem delimitadas, diferentemente do desmóide. Por consequência, é um tumor que facilmente se expande no local em que se desenvolve, podendo invadir tecidos musculares e nervosos da área, além de apresentar também um alto potencial de reincidência após ressecção.</div>
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O acompanhamento do paciente por um médico que não conheça o tumor pode trazer muitas complicações. Entre elas está o exemplo da imagem. A incisão em zetaplastia (esta forma de corte em zigue-zaque) é totalmente desaconselhada em todo cenário que envolva a remoção de qualquer tipo de tumor. Esse corte aumenta a área de lesão e formação de tecido fibroso - natural da cicatrização, porém o desenvolvimento desordenado de suas células pode caracterizar o surgimento de nova tumoração. Foi o que aconteceu nesse caso. Após sua retirada, o tumor reapareceu de forma mais agressiva e com crescimento mais acelerado. Na cirurgia subsequente, toda a área do "novo" tumor, cicatriz e seus arredores, incluindo parte do músculo deltóide, teve que ser removida numa tentativa de evitar novo crescimento.</div>
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A abordagem inconsequente traz vários danos, desta forma, é importante ter sempre este mantra na cabeça:</div>
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"Respeite seu médico mas não pense que ele está certo sempre.</div>
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Sua saúde depende da sua compreensão do problema, então faça muitas perguntas. Não coloque sua relação com seu médico a frente de sua saúde."</div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-87738711305263346802019-07-30T20:37:00.004-03:002020-09-26T20:33:50.652-03:00Um consenso na abordagem do Tumor Desmóide de acordo com a localização tumoral<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
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Como alguns sabem, eu estou há 7 anos apenas observando meus tumores, estou livre de qualquer tipo de tratamento e medicamento. Eu era um tanto quanto radical no que se refere a opções de tratamento ao ponto de, se me dessem a chance, escolheria logo o mais agressivo para ficar livre o mais rápido possível da mazela que eu tivesse. Vocês podem imaginar que no começo, ao ver que eu ainda tinha uns centímetros cúbicos de tumor para derrubar sem nenhum medicamento, eu fiquei bem desconfiada, né?<br />Como pode existir uma linha de tratamento que se resume a fazer os exames e visitar aos médicos periodicamente? - eu me perguntava.</div>
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Acontece que, de acordo com um recente estudo (2017) em que foi elaborada uma conduta padrão para o tratamento de tumores desmóides (a partir uma iniciativa consensual entre pacientes, organizações europeias de tratamento e pesquisa de câncer e de sarcomas dos ossos e de partes moles), a primeira linha de tratamento deve ser justamente a da “espera vigilante”. Eu traduzi alguns trechos aqui que explica um pouco a imagem abaixo, mas quem se interessar pelo estudo completo, clica nesse link: <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959804919308329">https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959804919308329</a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcKCEF2vH1GNa_LNY4FxWqfFhMdUxtC67sbQ-smHe2wFuoTnqgPTdz1uPDGpVQxJRJRs_4TpwEZt5u_87rtWlllHnQ0q0w4XzhwERsplyNqbS8oR45W0m05W4B-5G9bHInkv5dtwaG3-8/s1600/cartilha+tratamentos.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="875" data-original-width="960" height="580" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcKCEF2vH1GNa_LNY4FxWqfFhMdUxtC67sbQ-smHe2wFuoTnqgPTdz1uPDGpVQxJRJRs_4TpwEZt5u_87rtWlllHnQ0q0w4XzhwERsplyNqbS8oR45W0m05W4B-5G9bHInkv5dtwaG3-8/s640/cartilha+tratamentos.png" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
“Há um claro consenso de que a estratégia da espera vigilante deve ser a primeira abordagem para pacientes recém diagnosticados, independentemente de dor existente ou outro sintoma clínico, como uma forma de entender o comportamento da doença e personalizar os próximos passos do tratamento. O intervalo de tempo para a espera vigilante pode ser de 1 a 2 anos e o paciente deve ser acompanhado de perto, de preferência com ressonâncias magnéticas com contraste. A primeira avaliação clínica e/ou radiológica deve ser realizada dentro de 8 a 12 semanas, e depois a cada 3 meses no primeiro ano, depois a cada 6 meses até o quinto ano, e anualmente após esse período. No caso de progressão da doença, outras opções de tratamento devem ser discutidas. Para definir o limite para um tratamento ativo, diferentes fatores devem ser levados em conta, como o tamanho inicial do tumor, a velocidade de crescimento, risco a órgãos e nervos (compressão e degradação de função), etc. Na maioria dos casos que apresentam crescimento da tumoração, a estratégia é modificada para um tratamento definitivo ao se confirmar o crescimento por vários exames de imagem consecutivos (3, por exemplo), e os passos seguintes devem ser escolhidos de acordo com o descrito no algoritmo representado na imagem.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
No caso de Tumor Desmóide localizado na parede abdominal, a terapia hormonal pode ser uma opção. Uma estratégia mais definitiva seria uma intervenção cirúrgica ou radioterapia.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Para o Tumor Desmóide intra-abdominal, foi claramente acordado que cirurgia permanece como o principal tratamento no caso de crescimento, se o tumor for operável. Para os tumores retro perineais ou pélvicos, quimioterapia deve ser a primeira opção terapêutica. No caso de progressão adicional ou recaída, quimioterapia, cirurgia ou radioterapia seriam opções com preferência à cirurgia se o tumor seja ressecável com preservação da função corporal.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Para tumores das extremidades, parede ou cinturões torácicos, o tratamento inicial deve ser orientado pelo comprometimento funcional ou morbidade pós-operatória esperada. Como isso pode ser altamente subjetivo, as consequências pós-operatórias devem ser amplamente discutidas com o paciente. Se a lesão não envolve vasos ou nervos importantes, a observação estratégica deve ser mantida. Se a lesão ameaça envolver importantes vasos ou nervos, a cirurgia não precisa ser necessariamente a primeira opção; a alternativa seria a quimioterapia, ou radioterapia. Outras opções para o tratamento de tumores nos membros incluem PIM (perfusão isolada do membro), que pode ser considerado para tumores localizados nas extremidades, especialmente aconselhável em tumores multifocais e de mão e pé. Não é comum fazer a ressecção do tumor remanescente. No caso de progressão ou recidiva, a cirurgia pode, então, ser proposta. No caso de margens positivas e situações críticas, a radioterapia adjuvante pode ser considerada.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Para tumores localizados em áreas anatomicamente críticas, como cabeça e pescoço, e tumores intratoráxicos, terapia medicamentosa é geralmente considerada como a primeira linha de tratamento. Contudo, em determinadas condições (idosos, intolerância/preferência do paciente à terapia, comorbidades, crescimento rápido da lesão e ameaça a órgãos vitais, etc.) radioterapia é uma alternativa razoável e efetiva. Em caso de progressão ou recidiva, deve se discutir a radioterapia nestas estruturas altamente sensíveis a radiação. Se a cirurgia for considerada, radioterapia auxiliar deve sempre ser incluída para minimizar o risco de recidiva.</div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-34946560031988023662016-09-21T13:22:00.000-03:002016-09-21T13:22:21.119-03:00Possível papel terapêutico da vitamina D3 na Fibromatose Agressiva.<div class="tr_bq">
Oi, gente!</div>
Hoje venho com um estudo de caso interessantíssimo para nós. Trata-se de uma paciente com um tumor desmóide no ombro e que mesmo após radioterapia e quimioterapias não reduzia de tamanho. Os médicos então decidiram por um tratamento com vitamina D3 após a radioterapia, o que reduziu o tumor.<br />
Por ser apenas um estudo de caso, ficamos sem a certeza na eficácia do tratamento por não ter uma amostra maior de pacientes, porém com certeza poderemos colocar no rol de opções, principalmente por ser um tratamento com baixos efeitos colaterais. Vale a pena mostrar à (ao) médica (o).<br />
A publicação original se encontra ><a href="http://jjco.oxfordjournals.org/content/34/8/472.full.pdf?sid=33101bd9-8c1e-4d28-8db4-879633962f7e" target="_blank"> neste link</a> <<br />
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<blockquote>
POSSÍVEL PAPEL TERAPÊUTICO DA VITAMINA D3 NA FIBROMATOSE AGRESSIVA<br />Yildiz Ferah1
, Kars Ayse2
, Cengiz Mustafa1
, Selek Ugur1
, Gurkaynak Murat1 and Atahan I. Lale1
1
Department of Radiation Oncology and 2
Department of Medical Oncology, Hacettepe University Faculty of Medicine,
06100, Ankara, Turkey</blockquote>
<br />
<blockquote>
INTRODUÇÃO<br />Fibromatose agressiva é uma proliferação de fibroblastos benigna e exuberante, em uma matriz de colágeno que infiltra e destrói tecidos locais. Cirurgia permanece sendo o tratamento principal e as taxas de controle local variam consideravelmente dependendo da margem. No geral, a taxa de recorrência do tumor apenas com a cirurgia foi relatada em torno de 40% (1). Um controle maior nesta taxa foi conseguido com a adição de radioterapia após a cirurgia e foi relatada em torno de 94% para "livre do tumor" e 75% para "tumor com margens positivas" (2). Tratamento apenas com radioterapia é indicada normalmente em pacientes em quem o primeiro tumor ou a recorrência pós-cirurgia é ressecável ao custo de considerável déficit estético ou funcional, e em pacientes inoperáveis. As taxas de controle local apenas com a radioterapia foi relatado em cerca de 70-80% (2).<br />A potencial morbidez da cirurgia e radioterapia, e a alta taxa de retorno local levou investigadores a avaliar o papel do tratamento sistêmico com drogas como tamoxifeno, toremifene ou drogas anti-inflamatórias não esteroidais ou agentes biológicos como interferon ou ácido retinóico (3). A vitamina D3 1,25-(OH)2- tem mostrado inibir a proliferação e aumentar a expressão de <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Myc" target="_blank">c-myc</a> nos fibroblastos (4) e induzir apoptose em várias linhas de células tumorais (5-9). Ele é utilizado em doenças mieloproliferativas crônicas baseado na informação de que metabolitos ativos de vitamina D3 inibe a deposição por ambos: diminuindo sua síntese e aumentando sua degradação (10). Aqui reportamos o caso de uma jovem paciente tratada com vitamina D3 1,25-(OH)2- para um tumor com recorrência local e progressão da fibromatose agressiva na região do ombro seguida de cirurgia e dois cursos de radioterapia, terapia hormonal e quimioterapia.</blockquote>
<br />
<blockquote>
RELATO DE CASO<br />Uma paciente de 26 anos foi encaminhada ao Departamento de Radiologia Oncológica, Hacettepe University Faculty of Medicine, com queixa de dor severa e comprometimento da mobilidade do ombro direito, em abril de 1996. Ela tinha histórico de um acidente de trânsito com uma fratura da clavícula direita 3 anos antes. Ela passou por uma cirurgia para a fratura. Em outubro de 1994 ela teve que ser operada para uma bruta ressecção total de uma massa de 11 x 9 x 3 cm localizada na clavícula que foi anteriormente fixada. A amostra patológica revelou um denso material colagênico intercalado com células fusiformes e típicos fibroblastos sem mitose, com o diagnóstico de fibromatose agressiva. Ela foi acompanhada por um ano sem qualquer intervenção e ao final desenvolveu uma massa dolorosa de 3 x 6 x 8 cm, localizada no músculo peitoral juntamente com uma linfadenopatia axilar. Nenhuma cirurgia foi planejada, visto que seria mutiladora. O leito tumoral foi irradiado, deixando uma margem de segurança de 3cm utilizando feixes de fótons de 6-MV a uma dose total de 60Gy com o convencional fracionamento diáro. Foi escrita uma dose concomitante de tamoxifeno 30mg/dia. Após a radioterapia ela continuou tomando a mesma dose de tamoxifeno por mais 6 meses. Uma regressão mínima foi registrada em ressonância magnética 3 meses após a radioterapia. Em junho de 1998, uma nova ressonância revelou uma grande massa de 14 x 7,5 x 12 cm infiltrando compartimentos musculares, se estendendo até a entrada torácica, obliterando o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Forame_intervertebral" target="_blank">forame intervertebral</a> da cervical inferior e na parte superior da espinha torácica, invadindo o canal espinhal e circunscrevendo o plexo braquial direito, a artéria carótida interna e artérias e veias subclávias. Uma terapia com toremifene 120mg/dia, um derivado do trifenileno, foi administrada por 2 meses sem resultado. Uma segunda sequência de radioterapia, com blindagem dos portais do tratamento prévio, foi administrada com uma dose total de 60Gy entre outubro e dezembro de 1998. Dois ciclos da combinação VAC (vincristina, actinomicina D e ciclofosfamida) foi administrada concomitantemente com radioterapia e um terceiro ciclo após seu fim. Neuropatia periférica impediu outras sessões de quimioterapia após janeiro de 1999. Em março de 1999 foi detectada progressão do tumor por ambos: exame físico e ressonância magnética. A progressão estava aparente, especialmente na parte distal do tumor disposta na parte apical do parênquima do pulmão. Além disso, neste momento, o tumor apresentou um padrão infiltrativo. As dimensões do tumor foram calculadas em torno de 16 x 7,7 x 12 cm. Já que não houve resposta com estas modalidades de tratamento, foi administrado 0,5 mcg/dia de calcitriol ((1,25-(OH)2-vitamina D3), que foi relatado ser responsivo ao tratamento de doenças mieloproliferativas. Em dezembro de 1999, aproximadamente 8 meses após a administração da vitamina D, as imagens de ressonância revelaram um tumor de 10 x 6.5 x 3 cm. Em maio de 2000, enquanto ela estava ainda no tratamento com vitamina D3, foi registrada mais regressão do tumor. As dimensões do tumor mediam 9 x 6,5 x 3 cm em imagens de ressonância. Alívio sintomático também estava aparente. Em junho de 2001, ela deu à luz. Não houve efeito deletério da gravidez na evolução da doença. Apesar de ter tido uma breve interrupção na terapia com vitamina D3 por 3-4 meses após a gravidez, ela continuou a receber a medicação subsequentemente. Ambos, exame físico e ressonância magnética mostraram regressão em novembro de 2002. As dimensões do tumor foram de 7 x 4,5 x 3 cm. As concentrações de cálcio sérico foram checados regularmente durante o tratamento com vitamina D3, e nenhum aumento foi detectado nas concentrações em nenhuma das amostras.</blockquote>
<br />
<blockquote>
DISCUSSÃO<br />O tratamento da fibromatose agressiva compreende uma grande excisão local com ou sem radioterapia. Pacientes com tumores recorrentes, irressecáveis frequentemente morrem devido a agressividade local do tumor. Com isto, tratamentos médicos efetivos são necessários urgentemente para estes pacientes. Relatórios na literatura sobre a utilidade da quimioterapia é anedótica e confinada a pequenas séries. Em uma das maiores séries, Azzarelli et al. relatou uma resposta objetiva de 40% e 67% de sobrevivência sem progressão atuarial em 10 anos com doses baixas de quimioterapia com metotrexato e vinblastina em 30 pacientes com tumores avançados e inoperáveis (11). Por outro lado, as taxas de resposta a regimes de quimioterapias baseadas em doxorrubicina foi relatado estar entre 40-67% (12,13). De qualquer modo, a toxicidade, principalmente a toxicidade hematológica, preclude a administração de uma dosagem e ciclos maiores de quimioterapia. Esforços para procurar tratamentos efetivos porém menos tóxicos incluem drogas anti-inflamatórias não esteroidais (NSAIDs) e tratamentos antiestrogênio. Receptores de estrogênio em tumores desmóides tem sido demonstrados em pacientes com polipose adenomatosa familiar; apesar dos níveis de receptores serem baixos (14,15). A presença de locais de ligação antiestrogênio distintos dos receptores de estrogênio são reivindicados como responsáveis pela resposta a tratamentos antiestrogênio, especialmente em pacientes sem receptores de estrogênio. Tratamentos anti estrogênio como tamoxifeno, toremifene, raloxifeno, progesterona, testolactona e goserelina foram relatados produzirem de 33 a 60% de taxa de resposta objetiva (16-19). O uso de NSAIDs no tratamento de tumores desmóides foi baseado na observação surpreendente de regressão total de um único tumor desmóide recorrente do esterno, em um paciente tomando indometacina para pericardite induzida por radiação(20). Existe a clara evidência de que a síntese de prostaglandina endógena tem um papel no crescimento neoplástico. NSAIDs como sulindac ou indometacina produzem uma taxa de resposta objetiva de 37-57%, tanto como respostas parciais ou completas (19,21,22). Em um relatório por Hansman et al., pacientes recebendo sulindac em combinação com uma alta dose de tamoxifeno mostrou uma taxa de 69% de resposta completa ou parcial (23).<br />No presente caso, tratamento antiestrogenico e três cursos de quimioterapia com VAC, falhou em produzir qualquer resposta objetiva, assim foi prescrita vitamina D para a paciente. Além dos efeitos conhecidos em tecidos classicamente alvos como ossos, rins, intestinos e paratireoide, foi demonstrado que a vitamina D desempenha um papel importante na regulação do crescimento celular e diferenciação em células que não os alvos clássicos. A ação antiproliferativa da vitamina D3 1,25-(OH)2-, foi demonstrada primeiramente em células de ratos com leucemia mielóide em 1981 (5). Ela tem frequentemente demonstrado inibir o crescimento de linhas celulares de osteossarcoma , carcinoma da mama , carcinoma do cólon, carcinoma da próstata , melanoma maligno e hepatoblastoma (6, 7, 9, 24, 25). Efeitos dos metabolitos ativos da vitamina D na indução da apoptose foram relatados serem mediados pela indução de expressão de inibidores de cinase dependentes de ciclina, como p21WAF/CIPI (8) e p27KIPI (26) ou TGF-b1 (27). Em adição, o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Proto-oncogene" target="_blank">proto-oncogene</a> c-myc mostrou regulada para baixo pela vitamina D3 em fibroblastos psoriaticos (4). O papel da vitamina D3 1,25-(OH)2- no controle da deposição de colágeno na medula óssea no tratamento da mielofibrose foi relatada por vários autores (10, 28). É sugerido que a vitamina D3 1,25-(OH)2- inibe a formação de colágeno I e III na medula óssea e aumenta sua degradação inibindo a proliferação de megacariócitos que promovem a síntese de colágeno e aumenta o número e atividade de monócitos e macrófagos que possuem atividade de colagenase (29).<span style="color: #990000;"> </span><span style="color: #cc0000;">O caso presente experimentou progressão do tumor após uma bruta cirurgia de excisão completa e resistiu a radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal. Baseado na experiência prévia de vitamina D3 1,25-(OH)2- em doenças mieloproliferativas crônicas seguindo o segundo curso de radioterapia, a vitamina D3 1,25-(OH)2- foi prescrita e uma gradual e contínua regressão foi detectada em ambos exames - físico e imagens por ressonância. Redução do tumor pode ser atribuida ao segundo curso de radioterapia já que a resposta a ela pode demorar até 8-27 meses (30, 31). De qualquer forma, neste caso, uma recorrência marginal e fora de campo foi detectada 4 meses depois do segundo curso de radioterapia. Por outro lado, vários estudos tem demonstrado que a vitamina D3 e seus análogos ativos podem ser efetivamente combinados com drogas quimioterápicas, como adriamicina, e com radiação ionizante (32, 33). A interação é relatada ser ao menos aditiva (9). Baseado nos achados do caso presente, o efeito da vitamina D pode ser considerada como uma ação independente ou aditiva após radioterapia.<br />Concluindo, apesar da dificuldade de alcançar conclusões definitivas a respeito da eficácia da vitamina D em fibromatose agressiva baseado nos achados de um único paciente, nós temos a opinião de que seria útil conduzir mais estudos neste aspécto.</span><br /><br /><br /><br /><span style="font-size: x-small;">Referências</span><span style="font-size: x-small;"><br /></span><span style="font-size: x-small;">1. Shields CJ,WinterWO, KirwanWO, Redmond HP. 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Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-13294436060840142092016-01-13T02:27:00.001-03:002016-01-13T02:27:20.072-03:00Tumores desmóides: Perigosos quando não tratados como câncer<div class="tr_bq" style="text-align: justify;">
O <a href="https://www.mdanderson.org/" target="_blank">University of Texas MD Anderson Cancer Center</a>, um dos maiores centros de diagnóstico e tratamentos de câncer do mundo, faz uma série de programas com entrevistas sobre os mais diversos temas dentro do universo das várias doenças definidas como Câncer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Entre elas, está uma conversa com Dr Raphael Pollock, um dos grandes conhecedores do tumor desmóide, em que ele fala de modo geral sobre a definição, tratamentos e últimas descobertas acerca deste tumor.</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiBu0IQ756cezCdKhhSBGSOGsM_PEVa44wZegRzR-RI1hR3B0te2NWRbV7bE9JifHVhGQWFpb-08tm9gbMTeRo0yjmNFSMZihV3MZQK-WDtIBiwgezniIugG29rYNpI_gAjlbtKRGbkfo/s1600/pollock_raphael.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiBu0IQ756cezCdKhhSBGSOGsM_PEVa44wZegRzR-RI1hR3B0te2NWRbV7bE9JifHVhGQWFpb-08tm9gbMTeRo0yjmNFSMZihV3MZQK-WDtIBiwgezniIugG29rYNpI_gAjlbtKRGbkfo/s320/pollock_raphael.JPG" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dr. Raphael Pollock</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A entrevista pode ser ouvida neste <a href="https://www.mdanderson.org/publications/cancer-newsline/cancer-newsline-winter-2013/desmoid-tumors---dangerous-when-not-treated-as-cancer.html" target="_blank">link aqui</a> porém, como está em inglês, eu juntamente com a também desmoideana Quézia traduzimos o que foi falado a seguir:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
Tumores desmóides - perigosos quando não tratados como câncer</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
MD Anderson Cancer Center</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Data: 2013/02/04</blockquote>
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</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Lisa Garvin: Bem-vindo ao Cancer Newsline, uma série de podcasts da Universidade do Texas: MD Anderson Cancer Center. Cancer Newsline ajuda você a manter-se na investigação, diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer, oferecendo a informação mais atualizada para reduzir o risco de câncer em sua família. Eu sou Lisa Garvin, a apresentadora do programa, e hoje nosso convidado é o Dr. Raphael Pollock, professor de oncologia cirúrgica no MD Anderson aqui e um especialista em sarcoma reconhecido mundialmente. Nosso tema de hoje é tumores desmóides. Bem-vindo, Dr. Pollock.</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Dr. Pollock: Obrigado, Lisa.</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Lisa Garvin: Vamos falar a respeito dele - o que ele é? É um tumor de partes moles, mas o que é exatamente um tumor desmóide?</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Dr. Pollock: Bom, é uma proliferação anormal de células semelhantes a fibroblastos. E há uma controvérsia sobre se deve ser considerado ou não câncer. Esta controvérsia é baseada no fato de que a maioria dos cânceres ou anormalidades que são considerados cânceres têm duas propriedades muito específicas. Uma delas é que eles podem reaparecer localmente e podem invadir uma área local. A outra propriedade é que eles têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. Certamente, os tumores desmóides podem recidivar localmente e são invasivos em áreas muito localizadas, mas não têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. Aqui no MD Anderson os consideramos como uma forma de malignidade de baixo grau, simplesmente porque queremos que esses pacientes recebam de início o tratamento adequado, se possível. Em outro contexto, em que os médicos não podem considerar estes tumores como tumores malignos, vemos com muita frequência a triste realidade da pacientes que não receberam tratamento suficiente e, em seguida, desenvolver tumores que retornam e que podem muitas vezes requererem uma abordagem terapêutica mais complicada.</blockquote>
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<br /></blockquote>
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<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Lisa Garvin: Agora bem, como tumor de partes moles, ele aparece no tecido conjuntivo. Então, o tumor desmóide tende a se concentrar em certas partes do corpo, como o tronco ou em qualquer lugar onde há tecido conjuntivo?</blockquote>
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<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Dr. Pollock: Bem, eles podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas tendo dito isso, existem três focos principais deste tipo de doença. Uma é chamada desmóide intra-abdominal que normalmente afeta o mesentério, que é o tecido que conecta o intestino com o resto do corpo, através do qual os vasos sanguíneos principais transportam o sangue para o intestino e drenam o sangue para fora dos intestinos e novamente para a circulação, onde esses vasos estão. Então, agora você pode imaginar que um tumor nessa área às vezes pode ser um problema muito difícil, simplesmente porque ele pode incidir sobre esses vasos sanguíneos e que exige uma abordagem cirúrgica totalmente diferente. Além do desmóide intra-abdominal há o que chamamos de desmóide da parede abdominal. Estes tumores estão tipicamente na musculatura anterior da parede abdominal, e ocorrem normalmente em mulheres jovens durante a gravidez. Com a gravidez, os músculos da parede abdominal são apertados e por razões que não entendemos completamente, o mecanismo de reparação após o parto, a reparação destes músculos abdominais depois deste estiramento tão dramático pode resultar no desenvolvimento de tumores desmóides na área. Uma terceira área, onde o tumor é encontrado frequentemente ocorrem no contexto do que chamamos de tumores desmóides extra-abdominais. Normalmente, estes são tumores desmóides ao redor do cinto pélvico e cintura escapular, nas articulações dessas áreas.</blockquote>
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<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Lisa Garvin: Como é muito raro, certo? Qual a quantidade que vemos em uma base anual?</blockquote>
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<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Dr. Pollock: É realmente estranho. Se você considerar, por exemplo, que há mais de 250.000 novos casos de câncer de pulmão por ano nos Estados Unidos, os tumores desmóides são cerca de 900 novos pacientes por ano. Por isso, é extremamente raro.</blockquote>
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<br /></blockquote>
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Lisa Garvin: Vemos mais em um sexo ou um grupo étnico para outro?</blockquote>
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Dr. Pollock: Há uma ligeira predominância do sexo feminino, simplesmente porque tumores desmóides da parede abdominal estão associados com a gravidez. Mas não há nenhuma predileção étnica ou racial.</blockquote>
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<br /></blockquote>
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Lisa Garvin: Mas mesmo se ele não é, e digo isto entre aspas, um tumor maligno, existe alguma outra morbidade associada a eles?</blockquote>
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Dr. Pollock: Oh sim.</blockquote>
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Lisa Garvin: Aliás, mortalidade.</blockquote>
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Dr. Pollock: Sim, estes tumores podem matar pacientes. Embora a grande maioria dos pacientes podem sobreviver aos tumores desmóides, se tratados adequadamente. A mortalidade em geral, a mortalidade específica do desmóide é apenas de cerca de 10 por cento dos pacientes. Pacientes que têm mais problemas, ou que podem ter mais problemas, são pacientes com desmóide no mesentério. Novamente, isso é devido à sua proximidade com os vasos sanguíneos primários e principais que são necessários para sustentar a vida.</blockquote>
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Lisa Garvin: Normalmente, em que estágio você costuma ver quando eles finalmente chegam para o diagnóstico e tratamento?</blockquote>
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<br /></blockquote>
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Dr. Pollock: Normalmente os vejo em todas as fases. A experiência que temos aqui, felizmente, traz muitos pacientes após uma biópsia inicial em outros lugares para aceder ao nível verdadeiramente excepcional de cuidados clínicos que meus colegas e eu, penso eu, podemos oferecer aos pacientes com este problema. Mas vemos tumores desmóides em qualquer ponto do tratamento ao longo do contínuo da doença. Cerca de dois terços dos pacientes que vejo têm desmóides que retornaram e um terço tem um novo desmóide.</blockquote>
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<br /></blockquote>
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Lisa Garvin: Bem, parece que os tumores estão bem encapsulados? Eles são assim infiltrados, - Quero dizer, se o tumor é removido, deve se certificar de que você tem uma boa margem?</blockquote>
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Dr. Pollock: Bem, isso é exatamente o que acontece. E o problema é agravado pelo fato de, durante a cirurgia, a forma como se pode ver se a margem é adequada é utilizando uma técnica chamada de secções congeladas em que o patologista leva um pequeno pedaço de tecido a partir do perímetro de uma massa do tumor removido. E aquele pequeno pedaço congela. E então podemos olhar para ele sob o microscópio para tentar determinar se existem células tumorais ou não naquele pedaço de tecido do perímetro. E o problema é que, como a análise de secções congeladas não é sempre conduzir à detecção de células desmóides especificamente. Assim, a avaliação é muito difícil. E cai sobre o cirurgião no momento da ressecção tentar da melhor forma possível determinar o quão longe o tumor pode se espalhar. E é difícil porque, como aludido, estes tumores têm uma tendência para enviar extensões microscópicos a partir do tumor primário que pode ser apalpada ou vista durante a operação.</blockquote>
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<br /></blockquote>
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Lisa Garvin: Soa como um candidato para terapias múltiplas, sabe, como terapia adjuvante ou separadamente - Como - e isso obviamente depende do diagnóstico. Mas qual é a maneira típica para combater um tumor desmóide?</blockquote>
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<br /></blockquote>
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Dr. Pollock: Bem, é difícil falar de um modo de combate típico, porque cada terapia tem o seu papel. E esta é uma das razões pelas quais nos dedicamos aos pacientes com tumores desmóides, bem como os médicos que os acompanham, todos os pacientes com este tumor que recorrem ao MD Anderson são apresentados primeiro para a nossa equipe multidisciplinar. Isso nos dá a oportunidade de rever quaisquer sinais de patologia, bem como scanners, serviços de diagnóstico com patologistas e radiologistas especialistas em tumores de partes moles, em seguida, obter a opinião de cirurgiões de diversos tipos de especialidades e médicos oncologistas, eles são responsáveis pelo tratamento sistêmico, e radioterapeutas. Assim, podemos ver todos os dados antes de decidir juntos e fazer uma recomendação conjunta para o tratamento. E nesta condição, cada uma das três principais formas de terapia do câncer tem um papel definido e importante. A oncologia de radiação, por exemplo, tem um papel muito importante. É um equívoco comum que os tumores desmóides não respondem à radiação. Na verdade, eles geralmente respondem bem à radioterapia, mas a resposta é muito diferente da das outras malignidades. Tipicamente, quando a radiação é usada para um tumor maligno, mesmo durante o tratamento, o doente e o radiologista-oncologista podem observar como o tumor torna-se mais macio ou diminui, ou alterações radiográficas que se correlacionam com a morte de células de tumor observado causada por irradiação. No desmóide não funciona dessa maneira porque estes tumores são de crescimento normalmente lento. A radiação é administrada em efeitos terapêuticos visíveis. Só depois de muito tempo que a terapia é concluída, geralmente de seis a nove meses após a conclusão da radiação, os pacientes e os médicos começam a notar uma mudança. E que a mudança pode continuar por muitos e muitos anos. Às vezes, leva de oito a nove anos para atingir um nível estável. Durante o processo, um tumor desmóide frequentemente diminui 60, 70, 80, 90 por cento do seu tamanho original, tornando a cirurgia feita em última instância muito mais fácil, muito menos mutilante e, portanto, muito mais fácil para a recuperação do paciente.</blockquote>
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<br /></blockquote>
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Lisa Garvin: Eu entendo que existem alguns objetivos químicos promissores para quimioterapia.</blockquote>
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Dr. Pollock: Bem, há algumas novas descobertas sobre isso. Vamos falar um pouco sobre essas abordagens sistêmicas que os nossos médicos oncologistas são responsáveis. Às vezes o desmóide responde às terapias hormonais. O toremifeno é um análogo de tamoxifeno e os tumores desmóides respondem a ele em cerca de 25 por cento dos pacientes e é uma terapia facilmente tolerada em comparação com os outros tratamentos. Então, muitas vezes, especialmente se o tumor está em uma localização anatômica fácil de lidar, começar com uma terapia mais simples é a melhor maneira de começar. Um outro tipo de terapia chamada terapia anti-inflamatória, como tipificado pela droga Sulindac , também proporciona uma oportunidade para combater tumores desmóides a partir de uma perspectiva um pouco diferente. E esta medicação é bem tolerada. Ela tem uma resposta de cerca de 25 por cento. Por vezes, as drogas anti-inflamatórias e anti-hormonais são administrados em conjunto, o que aumenta a taxa de resposta global. Estes tumores também respondem à quimioterapia tradicional em cerca de 80 por cento dos tumores. Quimioterapia nós reservamos para situações em que a cirurgia seria muito, muito difícil para o paciente. Tumores na raiz do mesentério por exemplo, ou tumores em áreas das extremidades em que a função ou até mesmo perda de membro estaria em jogo. Nessas situações realmente queremos usar nossos tratamentos mais fortes para produzir uma diminuição no tamanho o mais rápido possível. Portanto, em tais circunstâncias, a opção utilizada é a quimioterapia. Existem terapias mais personalizadas em desenvolvimento, que acredito que terão um impacto positivo importante.</blockquote>
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Lisa Garvin: E você se refere à beta-catenina e 45F?</blockquote>
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<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Dr. Pollock: Sim. Uma das coisas que fizemos há vários anos para rever a nossa experiência com tumores desmóides, foi que pudemos identificar um grande número de amostras de tecido de pacientes com tumores desmóides que foram submetidos a cirurgia no MD. Anderson. De acordo com as regras HIPAA, esses tecidos não contêm dados de identificação, por isso não podemos relacionar um tumor individual a um paciente específico. Mas quando você tem um grande número de tais tumores, normalmente em blocos de parafina, estes tornam-se uma grande ferramenta de pesquisa. Ao olhar para estes tumores, uma observação que foi antes de nós começamos a trabalhar nesta área, centra-se no fato de que há uma proteína que é super produzida de forma muito consistente em tumores desmóides. A proteína chamada beta-catenina. E a beta-catenina também ocorre em células normais, mas a um nível bem abaixo da produção em desmóides. O beta-catenina é o que chamamos de uma molécula transdutora de sinais, o que significa que participam na tomada de sinais a partir do exterior de uma célula e trazer o núcleo da célula, provocando sinal para a célula crescer e dividir. Portanto, é uma molécula muito importante. A superprodução desta proteína específica é causada por uma mutação genética. E felizmente para nós, a este respeito, é que o gene que codifica a produção, o excesso de produção de beta-catenina, tem um número muito limitado de possíveis mutações. Existem apenas três descritos na literatura. Então, o que fizemos foi tomar esta coleção muito grande de blocos de parafina de pacientes com que tenham tumores desmóides removidos aqui no MD Anderson, em que nós sabíamos que era o desfecho clínico, mesmo que os pacientes não tenham sido identificados. Então fomos em frente e usamos essas parafinas para fazer o que chamamos de análise sequencial, que nos permite identificar mutações genéticas. E classificamos esses pacientes de acordo com a sua mutação genética em cada um das três possíveis mutações que sabíamos existir. Ao fazer isso, e para nossa surpresa, descobriu-se que alguns pacientes que têm uma mutação específica em um gene chamado 45F tem uma chance muito maior de desenvolver desmóide recorrente após a ressecção inicial em nossa instituição. Isso não nos dá informações sobre as recorrências após uma recorrência inicial. É relevante apenas para os pacientes que se apresentam com um novo tumor que subsequentemente se é removido. Mas isso por si só é muito, muito importante porque, à medida que aprendemos mais sobre a biologia dos tumores desmóides, pode ser que os indivíduos que se identificam com esta mutação deveriam ser tratados possivelmente com cirurgia em combinação com outros tipos terapias para tentar ter um impacto sobre esta chance maior de recorrência.</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Lisa Garvin: Existem fatores de risco identificáveis? Eu acho que a síndrome de Gardner é possivelmente um deles. Existem quaisquer fatores de risco identificados?</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Dr. Pollock: Bem, polipose adenomatosa familiar (PAF), que é o termo técnico da síndrome de Gardner. Estes pacientes são propensos a desenvolver desmóide na raiz do mesentério. Então, quando vemos pacientes que desenvolvem desmóide mesentérico, caso não tenham feito uma colonoscopia, tentamos realizá-la porque outro sinal de polipose adenomatosa familiar é que existem vários pólipos no cólon. Além disso, estes indivíduos devem realizar análise genética, particularmente se foram identificados pólipos no cólon. Isso é uma informação importante em termos de gestão destes pacientes a longo prazo e do nível de vigilância. Especula-se que desmóide pode estar relacionado com o trauma, incluindo uma cirurgia prévia, como uma situação controlada de trauma. Mas isso tem sido muito, muito difícil de provar. E olhando para a epidemiologia da apresentação do desmóide continua a ser um conceito difícil de demonstrar claramente.</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Lisa Garvin: Parece que é uma doença rara e complexa, cujo melhor tratamento será, provavelmente, por parte de uma equipe multidisciplinar. Você tem algum conselho final para as pessoas que estão à procura de aconselhamento ou tratamento para tumores desmóides?</blockquote>
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<br /></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Dr. Pollock: Bem, nós estamos felizes em ajudar de qualquer maneira possível. E nós queremos trabalhar com quem tem este problema.</blockquote>
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<blockquote style="text-align: justify;">
Lisa Garvin: Ótimo, muito obrigado. Se você tiver dúvidas sobre qualquer coisa de que você ouviu hoje em Câncer Newsline, entre em contato com MD Anderson ligando para 1-877-MDA-6789, ou online em www.mdanderson.org/ask. Obrigada por ouvir este episódio de Câncer Newsline. Sintonize novamente com a gente para a nossa próxima série de podcasts.</blockquote>
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Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-37719368336923492112015-11-20T12:33:00.000-03:002015-11-20T12:33:06.334-03:00Resultados Informados Pelos PacientesO Desmoid Tumor Research Foundation (DTRF) está desenvolvendo uma ferramenta chamada PRO (Patient Reported Outcome, ou Resultado Informado pelo Paciente), que nada mais é do que uma ferramenta de estatísticas utilizada para medir as respostas que pacientes tem à drogas que se destacam do padrão de 30% de redução do tumor- informações como dor reduzida, mobilidade melhorada, etc. Devido ao comportamento único dos tumores desmóides, esta ferramenta é essencial para conseguir drogas que sejam aprovadas para esta doença.<br />
No encontro de pacientes do DTRF, no dia 10 de outubro, Dr. Jean Paty discutiu o processo de desenvolvimento desta ferramenta e de como é importante a voz dos pacientes para fazer com que esta idéia seja bem sucedida.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="http://dtrf.org/images/DTRF_PRO_Development_Slides.pdf" target="_blank"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLt3s9j9K046SavcidYcySmzygWmkF9karb6HCRS0eNar5nyXIClWrXzEtHBsF32FC9x4QzCqtDCmUTt755y3I8en1GHBF4dN-RjNwwn58l5gZQxOjphMzkaYhjkbjUR6VvIyJmbK9Iug/s320/PRO+dtrf+patient+interviewing+process.png" width="320" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://dtrf.org/images/DTRF_PRO_Development_Slides.pdf" target="_blank">Para ter acesso ao PDF, clica aqui!</a></td></tr>
</tbody></table>
Este levantamento de pacientes que tenham demostrado uma diminuição dos tumores em mais de 30% seriam entrevistados para que se possa ter uma ideia maior dos benefícios do tratamento, bem como entender e ter uma visão melhor da vida das pessoas que convivem com a doença dia após dia. Legal, né?!<br />
<br />
<br />Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-49022031032966284452015-09-16T23:06:00.002-03:002015-09-16T23:06:31.235-03:00Questionário Desmoideano<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Olá, Gente!<br />Numa tentativa de entendermos melhor sobre esse tumor, como ele surgiu e reagiu em cada um de nós, surgiu no grupo do whatsapp a ideia de fazermos uma espécie de questionário pra que possamos ter documentadas algumas questões. Assim sendo, nós desenvolvemos esse <a href="http://goo.gl/forms/tvPfAHkWso" target="_blank">questionário aqui</a>. Quem puder responder, se possível responda com a maior quantidade de detalhes possível pra que possamos traçar uma idéia melhor desse danado! </div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
(Lembrando que pra enviar realmente o questionário, tem que clicar em "SUBMIT" lá no fim depois de responder tudo).</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAx_1fvnen4sXfxDCb9zKv4iZxrf09hiI9JqNArBkF76UcvrJuvTpu4DtkWXfuK2w3d3A4NWv44ZAlB1Zjc4lkJAaXIDs-T9YMOMuTcwSQA_2lyRLoNPXPWvwidMeFlZ1PROBLpkqY4mw/s1600/questionario+desmoide.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAx_1fvnen4sXfxDCb9zKv4iZxrf09hiI9JqNArBkF76UcvrJuvTpu4DtkWXfuK2w3d3A4NWv44ZAlB1Zjc4lkJAaXIDs-T9YMOMuTcwSQA_2lyRLoNPXPWvwidMeFlZ1PROBLpkqY4mw/s320/questionario+desmoide.png" width="292" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://goo.gl/forms/tvPfAHkWso" target="_blank">Responde lá! :)</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /><i class="_4-k1 img sp_fM-mz8spZ1b sx_62a652" style="background-image: url(https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/yx/r/pimRBh7B6ER.png); background-position: 0px -204px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><u style="left: -999999px; position: absolute;">heart emoticon</u><u style="left: -999999px; position: absolute;"><br /></u></i></div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-91710993417573095292014-11-16T22:05:00.000-03:002014-11-16T22:05:08.642-03:00"Vigilância e Espera" como forma de tratamento<div class="tr_bq">
Como alguns sabem, eu estou há dois anos apenas observando meus tumores, estou livre de qualquer tipo de tratamento e medicamento. Eu sou um tanto quanto radical no que se refere a opções de tratamento ao ponto de, se me dessem a chance, escolheria logo o mais agressivo pra ficar livre o mais rápido possível da mazela que eu tiver. Vocês podem imaginar que no começo, ao ver que eu ainda tinha uns centímetros cúbicos de tumor para derrubar sem nenhum medicamento, eu fiquei um tanto quanto paranóica, né?</div>
<br />
Como pode existir uma linha de tratamento que se resume a fazer os exames e visitar aos médicos periodicamente? - eu me perguntava.<br />
<br />
Pois é justamente este tratamento um dos mais bem sucedidos, com uma probabilidade de 10% de falha, de acordo com este estudo deste ano (2014) que traduzi e que vocês podem ler em inglês<a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24740659" target="_blank"> aqui</a>:<br />
<br />
<blockquote>
<b>A política de "vigilância e espera"como primeira linha de tratamento para tumores desmóides extra-abdominais. </b></blockquote>
<blockquote>
Briand S, Barbier O, Biau D, Bertrand-Vasseur A, Larousserie F, Anract P, Gouin F.</blockquote>
<br />
<blockquote>
INFORMAÇÕES PRIMORDIAIS: Tumores desmóides extra-abdominais são raros, neoplasmas localmente agressivos, sem potencial metastático. Não há um consenso claro quanto ao melhor tratamento. Os resultados desapontadores dos tratamentos atuais e a habilidade dos tumores desmóides extra-abdominais de estabilizar espontaneamente tem, gradativamente, chamado a atenção para um tramamento mais conservador. <span style="color: #990000;">O objetivo deste estudo foi avaliar uma conduta de "vigilância e espera" como primeira linha de tratamento para tumores desmóides extra-abdominais.</span><br />MÉTODOS: Este estudo retrospectivo desenvolvido em dois centros envolveu 55 pacientes com um tumor desmóide extra-abdominal comprovado histologicamente. O desfecho primário foi a probabilidade cumulativa de abandono da política de "esperar para ver". Esta política incluiu o controle agressivo dos sintomas. Nós conduzimos uma revisão de séries relevantes publicadas que aplicaram a estratégia de vigilância e espera.<br />RESULTADOS: A probabilidade cumulativa de abandono da política de vigilância e espera foi de 9,6% no último acompanhamento.<span style="color: #cc0000;"> Parada espontânea do crescimento do tumor foi observado em quarenta e sete pacientes (85%) ao longo do curso do estudo.</span> Metade dos tumores foram estabilizados em um ano, e um potencial para aumentar para além de três anos, foi um evento esporádico (um caso). Novo crescimento foi encontrado em 2 pacientes (4%).<br />CONCLUSÕES: <span style="color: #cc0000;"><b>A política de "vigilãncia e espera" é um tratamento efetivo de primeira linha para pacientes com tumor desmóide extra-abdominal primário ou em recorrência. Estes tumores tendem a estabilizarem espontâneamente, geralmente após um ano de evolução, e a probabilidade cumulativa da falha desta linha de tratamento é de 10%.</b></span></blockquote>
<br />Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-60279087642628287532014-11-11T14:30:00.000-03:002014-11-11T14:30:29.068-03:00Os Desmóides versus Gravidez<div class="tr_bq">
Muito se especula sobre as causas de surgimento e das substancias que alimentam os tumores desmóides, entre elas estão lesões e traumas na região e questões hormonais. Nesta última uma dúvida bastante frequente e dificilmente respondida está a relação com a gravidez. Como nos meses de gestação o corpo de nós, mulheres, recebe uma grande carga de hormônios, será que existe relação entre esse aumento nos níveis hormonais e um possível desenvolvimento do tumor?</div>
<br />
A <a href="http://www.dtrf.org/index.php/about-br-desmoid-tumors/about-desmoid-tumors.html" target="_blank">Desmoid Tumor Research Foundation</a> em sua página diz o seguinte:<br />
<blockquote class="tr_bq">
"Em casos raros o tumor desmóide pode ocorrer em mulheres que estão grávidas. Isto acontece durante a gravidez ou após a cesárea. Muitos acreditam que isto é causado por uma combinação de elevadas taxas hormonais e cirurgia, porém não existe nenhuma evidência científica clara para apoiar esta afirmação. <b>A relação entre a gravidez e tumores desmóides é muito rara e consiste, em sua maioria, de anedotas na literatura científica.</b>"</blockquote>
Além desta afirmação, nossa amiga do <a href="https://www.facebook.com/groups/desmoide/" target="_blank">grupo desmoideano</a> no Facebook, Cláudia Bruna assistiu a um simpósio que tratou do tema e, entre as conclusões estão as seguintes:<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5eMlZzj8qZDxMcBhRPg_ctVlVvM8nBHOVbVjYZnyMHIIwsD6_BtGVtTXzK8VU5CIAAPBA4A7ajuCmEILVPAmWD25wQslytiuBK58iAwRRXFSM3cbxKUfSKqYpp1t0d6U7SwcjjBv3XVs/s1600/desmoide+x+gravidez.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5eMlZzj8qZDxMcBhRPg_ctVlVvM8nBHOVbVjYZnyMHIIwsD6_BtGVtTXzK8VU5CIAAPBA4A7ajuCmEILVPAmWD25wQslytiuBK58iAwRRXFSM3cbxKUfSKqYpp1t0d6U7SwcjjBv3XVs/s640/desmoide+x+gravidez.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
Que traduzindo para o português diz:<br />
<blockquote>
Conclusões<br />Ter um desmóide não impede gravidez<br /><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>-A Mulher não deve ser aconselhada a evitar gravidez<br /><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>- A mulher não deve ser aconselhada a fazer um aborto caso esteja grávida<br />Desmóides que apareçam durante a gravidez ou já presente antes dela podem crescer durante o curso da gestação<br /><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>- Aproximadamente 50% pode evitar cirurgia com sucesso<br /><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>- 13% das mulheres que se submeteram à cirurgia tiveram recorrência<br />Desmóides ressecados antes da gestação recorrem com pouca frequência durante a gestação (21%).</blockquote>
<br />
Ainda assim é importante frisar que cada caso é diferente, sendo necessário o acompanhamento de perto do médico oncologista e equipe, já que existem casos raros de desenvolvimento do tumor durante a gravidez.Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-54248893808457296372014-06-27T15:10:00.002-03:002014-06-27T15:12:10.183-03:00A eficácia do Meloxicam como tratamento para Tumores Desmóides<span style="font-family: inherit;">Oi, gente! Como tá todo mundo?</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Hoje venho com um estudo muito bom que analisa a eficácia do meloxicam, aquele antiinflamatório que geralmente é indicado como forma de tratamento associado ao tamoxifeno (eu inclusive tomei este combo), de acordo com a quantidade da beta-catenina no tumor desmóide. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">É um estudo legal para apresentar ao médico e ver com ele se seria uma opção de tratamento. :)</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Lá vai:</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><i>Autores: Hamada S1, Urakawa H, Kozawa E, Futamura N, Ikuta K, Shimoyama Y, Nakamura S, Ishiguro N, Nishida Y.</i></span><span style="font-family: inherit;"><i>Author information a.. 1Department of Orthopedic Surgery, Nagoya University Graduate School and School of Medicine, 65 Tsurumai, Showa, Nagoya, Aichi, 466-8550, Japan.</i></span></blockquote>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><i><br /></i></span><span style="font-family: inherit;"><i>RESUMO</i></span><span style="font-family: inherit;"><i>Este estudo visou determinar a prevalência da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Beta-catenina" target="_blank">beta-catenina</a> positiva em níveis nucleares, como fator prognóstico em pacientes com tumores desmóides (TDs) com meloxicam, um inibidor seletivo de ciclooxigenase-2 (COX-2). Entre 2003 e 2012, 31 pacientes consecutivos com TDs extraabdominais esporádicos foram prospectivamente tratados com meloxicam como uma terapia sistêmica. O exame imunohistoquímico foi realizado (...) para quantificar a expressão nuclear da beta-catenina e <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Ki-67_(protein)" target="_blank">Ki-67</a> e a expressão citoplasmática do COX-2. Todas as características clínico-patológicas, incluindo a intensidade de coloração imunihistoquímica, foram analizadas em relação ao seu valor de prognóstico para o tratamento com meloxicam.</i></span><span style="font-family: inherit;"><i>Dos 31 pacientes com este tratamento, houve 1 com remissão completa (RC), 7 com remissão parcial (RP), 12 com estabilização da doença (ED) e 11 com doença progressiva (DP). <span style="color: #990000;"><b>Uma maior expressão nuclear da beta-catenina foi significantemente associada com uma resposta baixa ao medicamento(DP e ED)</b>.</span> A positividade da COX-2 e Ki-67 e nenhuma das outras variáveis clínicas foram associadas com o prognóstico. <b><span style="color: #990000;">A expressão nuclear da beta-catenina pode predizer a eficácia do meloxicam como tratamento para pacientes com TD esporádico</span>.</b></i></span><span style="font-family: inherit;"><i><br /></i></span><span style="font-family: inherit;"><i><br /></i></span><span style="font-family: inherit;"><i>PMID:</i></span><span style="font-family: inherit;"><i> 24390670</i></span><span style="font-family: inherit;"><i> [PubMed - indexed for MEDLINE]</i></span></blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Como vocês podem ver, pacientes com maior quantidade da beta-catenina no tumor, definida a partir do exame imunohistoquímico, têm uma resposta mais baixa para o meloxicam, enquanto que pessoas com menos beta-catenina têm resultados melhores, inclusive um dos pacientes teve remissão total da doença! </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Um Beijo!</span>Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-87193024044556421092014-02-15T12:57:00.000-03:002014-02-15T14:39:13.932-03:00Congresso sobre o Tumor Desmóide em Recife!!!Oi, Gente, como vocês estão?<br />
<br />
SEGUUURA que hoje o texto vai ser enorme, mas peço pra que vocês leiam até o final pois o assunto é importantíssimo.<br />
<br />
Ontem tive o privilégio de assistir a um simpósio sobre o tratamento clínico dos tumores desmóides no Hospital do Câncer de Pernambuco aqui em Recife com a apresentação de alguns casos tratados no hospital apresentado pelo doutor ortopedista oncológico Wagner Carneiro e por doutor Marcelo, ambos parte da equipe multidisciplinar oncológica de lá.<br />
O simpósio contou com a apresentação da experiência do médico ortopedista oncológico no Royal Orthopaedic Hospital em Birmingham, Inglaterra (eu já postei aqui um artigo feito por ele, clica <a href="http://desmoide.blogspot.com.br/2010/04/operar-ou-nao-operar-eis-questao.html" target="_blank">aqui</a>!).<br />
Este simpósio teve o propósito de estabelecer esta ponte entre o que está sendo desenvolvido na Inglaterra e aqui no Brasil.<br />
<br />
São tantas as informações que tive lá que não sei nem por onde começar!<br />
O Dr. Abudu começou a palestra explicando que tudo o que sabemos é que nada sabemos! Apesar de ser um tumor benigno, devido a sua alta agressividade, cada caso deve ser estudado individualmente e analisadas as opções de tratamento; clinico, cirurgico ou monitoramento.<br />
<br />
o Tumor Desmóide é classificado em <b>superficial</b>, compreendido pelo tumor palmar, plantar, peniano e nas articulações dos dedos, e em <b>profundo</b>, com os tumores extra-abdominais, intra-abdominais, abdominais e multicentrico (o mais raro).<br />
Os tumores extra-abdominais são considerados os mais agressivos. Os abdominais são comuns em mulheres grávidas, têm um crescimento devagar porém progressivo, têm menor ocorrência do que os extra-abdominais e pode ser causado geralmente devido aos hormônios da gravidez ou pelo trauma local da cesária; é bem difícil de encontrar em homens. Já nos tumores intra-abdominais a excisão completa é difícil então é recomendado o tratamento dos sintomas e das complicações específicas.<br />
<br />
Entre as principais características deste tumor está o alto potencial de reincidência após ressecção, é mais agressivo em crianças (a cirurgia não é indicada para crianças pois as chances de reocorrer são ainda mais altas), apresenta baixa intensidade de sinal na ressonância, são mais agressivos em mulheres e em idade mais jovem e, por fim e mais<b> importante: o tumor tem uma grande capacidade de se auto-limitar, o que significa que após um determinado tempo o tumor estagna.</b><br />
<br />
Ele nos apresentou um levantamento das reações do tumor desmóide com o tempo e num estudo com pacientes em acompanhamento por 5 anos foi constatado o seguinte:<br />
<br />
49,9% dos pacientes que apenas fizeram acompanhamento estavam livres da doença após 5 anos.<br />
58,6% dos pacientes que fizeram algum tipo de tratamento clínico estavam livres da doença após 5 anos.<br />
<br />
Quanto à cirurgia, ele defende que não deve ser feito, pois o trauma estimula a reincidência do tumor, porém nos mostou que 70% deles podem ser curados na primeira cirurgia.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgboIvx-ebkIwacj6QCuwJ2CSSJ2NEiaeMu1F8buXWKJ1IrmRFu-P2g9FgcCqkr-88frv3zHD97PTdZw0vAbXbzQLu62E2_sOYP2jJCrxFqePFnjIhl8c4ShKWYtT9rBQ0A680JVeUwIs4/s1600/IMG_20140214_093543.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgboIvx-ebkIwacj6QCuwJ2CSSJ2NEiaeMu1F8buXWKJ1IrmRFu-P2g9FgcCqkr-88frv3zHD97PTdZw0vAbXbzQLu62E2_sOYP2jJCrxFqePFnjIhl8c4ShKWYtT9rBQ0A680JVeUwIs4/s1600/IMG_20140214_093543.jpg" height="251" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Slide de apresenttação - Política em Birmingham:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">A primeira cirurgia tem a melhor chance de cura, então se sintomático e ressecável com a possibilidade de adquirir as margens adequadas e morbidez limitada - Ressecar.</span></div>
<br />
Algo que foi bastante frisado foi de EVITAR A AMPUTAÇÃO AO MÁXIMO, pois uma amputação leva a outra, e a outra, e a outra... A desfiguração e mutilação não compensa pois não existe a garantia de que o TD não voltará.<br />
E falando em desfiguração, vocês lembram daquela minha segunda cirurgia em que o médico fez um corte em zigue-zague?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkNqI5IodkfZKmzv8ZrWtxTdsBw0rsHi7WE6LRtmS8ViPFJgU3IPWJO5l__ugYCKXaTPwlHFL5GuuaTBw5VkNMqezMan5hK-rI0TAyi1MIUclAtW5XYLT5j8l6_aIUb7mumnwqKIHeteI/s1600/26+01+2004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkNqI5IodkfZKmzv8ZrWtxTdsBw0rsHi7WE6LRtmS8ViPFJgU3IPWJO5l__ugYCKXaTPwlHFL5GuuaTBw5VkNMqezMan5hK-rI0TAyi1MIUclAtW5XYLT5j8l6_aIUb7mumnwqKIHeteI/s1600/26+01+2004.jpg" height="166" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Esse aqui!</span></div>
<br />
<b>Este corte é a pior decisão que um médico poderia ter tomado, pois este tipo de corte aumenta a área de contato e lesão para que o tumor se espalhe. Ele foi além; disse que em nenhum tipo de "caroço" deve ser feito este corte, ele deve ser reto para minimizar a área de contato, exceto nas dobras da mão, joelhos e cotovelos que não podem ser cruzadas. Na Inglaterra o médico é processado e pode ser preso por negligência caso faça isso.</b><br />
Caso seja necessária uma nova cirurgia, o médico além de retirar o tumor e a margem livre ao redor, deve também retirar toda a pele em volta da cicatriz em zetaplastia.<br />
<br />
Por fim, o Dr. Abudu defente o acompanhamento sem tratamento em casos em que o paciente esteja sem dor e sem crescimento, pois as chances é que, com o tempo, o tumor pare de se desenvolver e até em alguns casos regrida totalmente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9bX13W56HYZHz3F3w5o-3Y-hR5DROkTHDPB760n3lmVQBxVW6SBR5V4WvIhtjjKeREMPSAom1wuaMBbgPWQxLq4ib5btrtnvbbqYcilBidIm1HdgHzpQSO3wLgJyA_cI3dglFiynabow/s1600/IMG_20140214_094542.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9bX13W56HYZHz3F3w5o-3Y-hR5DROkTHDPB760n3lmVQBxVW6SBR5V4WvIhtjjKeREMPSAom1wuaMBbgPWQxLq4ib5btrtnvbbqYcilBidIm1HdgHzpQSO3wLgJyA_cI3dglFiynabow/s1600/IMG_20140214_094542.jpg" height="236" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Mas lembrem-se-</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">-Fibromatose não precisa de tratamento</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">-Pode regredir espontâneamente</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">-É um enigma</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">-Evite morbidade desnecessária</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">-Fique com o paciente antes que outra pessoa fique! (melhor que o paciente fique com um médico que saiba como este tumor age, do que um que nunca tratou alguém com um desses)</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">-Ele é sempre maior do que a ressonância sugere que seja</span></div>
<br />
Tive o privilégio de conversar com ele sobre meu caso e ele me aconselhou a apenas acompanhar fazendo ressonâncias periódicas para ver sua evolução. E mesmo que meus tumores venham a crescer, ele não faria nada, contanto que eu continue sem dor, pois, como dito anteriormente, a vantagem de envelhecer é que o tumor tende a estagnar.<br />
<br />
E agora o registro pra posteridade:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGrkEi92XKAOmVzZ-GmCEaGFbSyCsa58ZUuVy6zehX38b9NyYGK3CcUkwdBvIPn6Mz9-HANPUltvtPUlneOouehhw_EbteK6Fek8CmUNhmPFisi2l_pMP1zY5sRJWLL_R4YclpMTNQcr8/s1600/IMG_20140214_122013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGrkEi92XKAOmVzZ-GmCEaGFbSyCsa58ZUuVy6zehX38b9NyYGK3CcUkwdBvIPn6Mz9-HANPUltvtPUlneOouehhw_EbteK6Fek8CmUNhmPFisi2l_pMP1zY5sRJWLL_R4YclpMTNQcr8/s1600/IMG_20140214_122013.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Meus médicos e Dr, Adesegun (Dr. Wagner, eu, Dr. Adesegun, Dr. Cícero e Dr. Marcelo)</div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-48749701333958575822013-10-09T13:23:00.000-03:002013-10-09T13:23:06.359-03:00[ESTUDO] Gene Indicador de Recorrência do Tumor Desmóide no Pós-Operatório<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Oi gente, como vocês estão?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu achei um artigo que, pelo que entendi, poderá nos ajudar muuuuuito a descobrir o quão recorrente o tumor pode ser após a cirurgia a partir da análise de um gene nosso. Ainda estou tentando assimilar o artigo, mas eu acho que esse pode ser o caminho pra nossa constante dúvida do "Operar ou não operar, eis a questão". Quem sabe a gente não possa fazer estudos genéticos pra ver nossas chances de cura no futuro, né? Acho que posso sonhar com isso! </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu traduzi ele meio que na agonia pra terminar logo, mas acho que deu pra entender! hahahaha </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">(a parte dos resultados eu não entendi muito bem, foram muitas coisas técnicas aí fiquei confusa, mas alguém que desenrole inglês pode dar uma mãozinha nisso)</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Lá vai ele:</span><br />
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><b>Mutação do gene CTNNB1 45F é um prognosticador molecular do aumento da recorrência do tumor desmóide primário no pós-operatório.</b></span><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">O papel da substituição da serina para a fenilalanina no codão 45 (a mutação S45F) no gene catenina B-1 (CTNNB1) foi relatado. Para confirmar dados anteriores, os autores avaliaram a correlação entre o tipo de mutação do gene CTNNB1 e a recorrência local neste estudo retrospectivo e multi-institucional.</span><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">MÉTODOS:</span><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Foram incluídos pacientes com TD (tumor desmóide) esporádico e primário que se submeteram a uma cirurgia macroscópica completa. Análises de sobrevida livre de recorrência pelo método de Kaplan-Meier e testes de "log-rank" foram realizados para comparar estratos.</span><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">RESULTADOS:</span><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">No total 179 pacientes foram identificados, sendo 65% mulheres e 35% homens (idade média de 39 anos e tamanho do tumor de 7cm). A maioria dos TD estavam localizados no abdomen e parede toráxica (42%), seguido por áreas extra-abdominais (40%) e intra-abdominais (18%). All patients underwent either R0 resection (62%) or R1 resection (38%), and most underwent surgery alone (80%). A substituição da tirosina pela alanina no codão 41 (T41A) foi a mutação mais frequente (45%), mas a mutação S45F prevaleceu mais nos TD extra-abdominais em comparação com outros locais. Num acompanhamento médio de 50 meses, 86% dos pacientes se manteram sem o tumor. A estimativa das taxas de 3 anos e 5 anos das análises de sobrevida livre de recorrência foram de 0.49 e 0.45, respectivamente para pacientes que apresentaram tumores com a mutação S45F; 0,91 e 0,91, respectivamente para pacientes que tinham tipo agressivo de tumores; e 0.70 e 0.66, respectivamente para todos os outros. Foi observado um comportamento similar nos casos que se submeteram à cirurgia apenas. Numa análise multivariável, a mutação manteve o único fator que foi o prognóstico de recorrência local.</span><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">CONCLUSÕES:</span><br style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /><span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><span style="color: red;">Esta série confirma que primariamente, completamente ressecados, TDs esporádicos com a mutação S45F têm uma tendência maior à recorrências locais. Com o aumento da implementação da "espera assistida" como uma forma de controle do TD, será importante para determinar se o tipo de mutação prediz a evolução para estes pacientes.</span></span></i><br />
<i><span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><span style="color: #990000;"><br /></span></span></i>
<i><span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><span style="color: #990000;"><br /></span></span></i>
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Veja o artigo original na <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23913621" target="_blank">PubMed</a></span></span><br />
<span style="line-height: 17px;"><br /></span>Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-437684206510933852013-06-11T09:28:00.000-03:002013-06-12T21:38:49.617-03:00Desmoideanos no Facebook, uni-vos!Depois desse primeiro xilique sobre as <a href="http://desmoide.blogspot.com.br/2013/06/palestra-sobre-o-tumor-desmoide-em-sao.html" target="_blank">palestras em São Paulo</a>, agora mais calma, venho me desculpar por ter passado tanto tempo sem atualizar o blog. Eu tenho tido pouco tempo pra parar e pesquisar e consequentemente me afastei do "mundo desmoideano" neste último ano mas, em contrapartida, agora temos um grupo no facebook pra que vocês se conheçam e troquem informações também, pra que a conversa não exista somente entre eu e vocês.<br />
Eu sempre sonhei em juntar todo mundo num debate sobre esse danado desse tumor, pois mais informação é sempre melhor e assim, a informação que falta pra uma pessoa, outra pessoa pode ter! Então, aqui está o endereço do nosso grupo desmoideano no facebook: <a href="https://www.facebook.com/groups/desmoide/" target="_blank">Grupo Desmóide</a><br />
ÊÊÊÊ!!!<br />
(Obs.: É um grupo fechado, então só quem faz parte dele pode ler as postagens)<br />
<br />
Bem vindos a ele!<br />
Um beijo!<br />
<br />
<b>[atualizado] </b><br />
Encontrei também um grupo brasileiro composto por pessoas que têm a Polipose Adenomatosa Familiar (PAF). É também um grupo fechado e só integrantes dele têm acesso às postagens.<br />
<a href="https://www.facebook.com/groups/126886400845522/?fref=ts" target="_blank">(P)ara (A)char a (F)elicidade!!! (Polipose Adenomatosa Familiar)</a>Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-81666176758476267512013-06-11T09:12:00.000-03:002013-06-12T20:34:55.686-03:00Palestra sobre o Tumor Desmóide em São PauloCOOORRE, Minha gente!<br />
<br />
Descobri hoje sobre uma série de palestras promovidas pelo Hospital AC Camargo ESPECIFICAMENTE sobre o tumor desmóide esta quinta, sexta e sábado (13, 14 e 15 de junho - 2013), que acontecerão no Hotel Renaissance, Alameda Santos, 2233 em São Paulo!<br />
Vários médicos especialistas de todo o mundo estarão lá debatendo sobre os estudos, descobertas e futuro dos tratamentos pra essa doença!<br />
Eu queria MUITO MUITO MUITO ir, mas moro em Recife e é bem complicado me organizar pra ir. Então, quem se interessar e puder ir, por favor grava pra nós, meros mortais! hahaha<br />
<br />
<b>[ATUALIZAÇÃO]</b><br />
<b>Gente, minha amiga, Inês, conseguiu entrar em contato com o pessoal do hospital AC Camargo, e eles falaram o seguinte: </b><br />
<b><br /></b>
<b>"trata-se de um evento científico, com abordagem e linguagem técnica, direcionado aos médicos e cientistas, e profissionais da área da saúde. Entendo seu desejo em participar, para adquirir mais informações sobre o assunto, mas preocupo-me da palestra não atingir sua expectativa em vista da abordagem bem técnica, e até porque, a participação é mediante inscrição paga, agora disponível somente no local – Hotel Reanssaince. A palestra do Dr. Raphael Pollock, na qual um dos assuntos é tumor desmóide, acontece no dia 14/06 – Sala B – 14h00 / 14h30.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Também como conversamos, acredito que o evento Encontro com Especialistas esteja dentro da sua expectativa, pois a equipe médica que palestra e responde aos questionamentos do público, utilizam um linguagem leiga. No ano passado, realizamos uma edição com a equipe de ortopedia e Sarcomas, na qual foram abordados assuntos referentes aos tumores ósseos e de partes moles. Segue link com os vídeos:</b><br />
<b><a href="http://www.accamargo.org.br/saude-musculos-ossos">http://www.accamargo.org.br/saude-musculos-ossos</a>. "</b><br />
<br />
Aqui está a matéria e o<a href="http://www.accamargo.org.br/noticias/evento-em-sp-discute-desafios-do-tratamento-do-tumor-desmoide--que-embora-benigno-e-agressivo-e-com-alto-potencial-de-recidiva/257/" target="_blank"> link</a> para ela no site do hospital pra vocês:<br />
<br />
<h3 class="title2" style="background-color: white; color: #008348; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 18px; font-weight: normal; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px;">
Evento em SP discute desafios do tratamento do tumor desmóide que, embora benigno, é agressivo e com alto potencial de recidiva</h3>
<span style="background-color: white; color: #008348; display: block; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin: -10px 0px 10px;">10.04.2013</span><img alt="" class="img-right" src="http://www.accamargo.org.br/files/Arquivos/tb102_201304-nextfrontiers.jpg" style="background-color: white; border: none; color: #333333; float: right; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 15px 20px;" title="" /><br />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0.7em;">
<span style="color: #333333;">O desconhecimento dos fatores que levam ao alto potencial de agressividade e de retorno da doença após aparentemente eliminação de todos os seus sinais faz dos tumores desmóides - também conhecidos como fibromatose agressiva - grandes desafios para cientistas e médicos de todo o mundo. Eles se caracterizam pela proliferação do tecido conjuntivo que infiltra as estruturas vizinhas como os membros superiores, inferiores, abdômen, dentre outros.</span><br />
<br />
<span style="color: #333333;">Com importantes trabalhos produzidos sobre a doença, sendo o mais recente deles publicado em 2012 na renomada </span><i style="color: #333333;">Histology and Histopathology</i><span style="color: #333333;"> -</span><a href="http://www.hh.um.es/Abstracts/Vol_27/27_5/27_5_641.htm" style="color: #008348; font-weight: bold;" target="_blank">http://www.hh.um.es/Abstracts/Vol_27/27_5/27_5_641.htm</a><span style="color: #333333;">, - o cirurgião oncologista </span><b style="color: #333333;">Raphael Pollock</b><span style="color: #333333;">, do </span><b style="color: #333333;">MD Anderson Cancer Center</b><span style="color: #333333;">, da Universidade do Texas, abrirá o </span><b style="color: #333333;">Módulo de Sarcomas e Tumores Ósseos</b><span style="color: #333333;"> do</span><a href="http://www.accamargo.org.br/evento-detalhe/next-frontiers-to-cure-cancer/82" style="color: #008348; font-weight: bold;">Next Frontiers to Cure Cancer - Integrating Science and Patient Care</a><span style="color: #333333;"> em 13 de junho com a aula na qual abordará o presente e a novas perspectivas terapêuticas para a doença. Promovido pelo Hospital A.C.Camargo, o evento vai se estender até 15 de junho, em São Paulo. </span><br />
<br />
<span style="color: #333333;">Em seu artigo na </span><i style="color: #333333;">Histology and Histopathology</i><span style="color: #333333;">, Raphael Pollock busca diferenciar os tumores desmóides por meio de um melhor entendimento da história natural da doença. Ao todo, 44 pacientes participaram do estudo, tendo, por sua vez, apresentado marcadores importantes como positividade para proteína ciclina D1, alta expressão do gene p53, da enzina COX2, dentre outros. A maioria dos </span><a href="http://www.accamargo.org.br/tudo-sobre-o-cancer/tumor-de-desmoide/56/" style="color: #008348; font-weight: bold;">tumores desmóides</a><span style="color: #333333;"> são esporádicos, porem alguns são associados à polipose adenomatosa familiar, uma doença hereditária que se caracteriza pelo aparecimento de inúmeros pólipos no intestino grosso e que se não tratados levam ao aparecimento de câncer em 100% dos casos. De acordo com Pollock, Professor e diretor da Divisão de Oncologia Cirúrgica do MD Anderson, o tratamento hoje pode ser sistêmico, radioterápico ou cirúrgico e o grande desafio é identificar a terapia ideal para cada paciente.</span><br />
<br />
<b style="color: #333333;">Osteosarcoma, tumor de Ewing e condrossarcoma - </b><span style="color: #333333;">Com mais de 8000 mil cirurgias acumuladas desde seu ingresso na Residência em Cirurgia Oncológica em 1974, o mineiro Ademar Lopes - atual diretor de Cirurgia Pélvica, onde lidera o Núcleo Avançado de Sarcomas - vice-presidente do Hospital A.C.Camargo e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica - é um dos grandes expoentes do mundo em cirurgias preservadoras de membros em tumores ósseos e de partes moles. A experiência bem sucedida de Ademar Lopes será tema de sua aula sobre Hemipelvectomia Interna para Tratamento de Câncer Ósseo às 14h30 do dia 13. </span><br />
<br />
<span style="color: #333333;">O A.C.Camargo foi pioneiro neste procedimento no Brasil, assim como foi também na cirurgia conservadora do câncer de mama - pelo cirurgião brasileiro Fernando Gentil no A.C.Camargo no inicio da década de 70 e, posteriormente adaptada para a cirurgia chamada de quadrantectomia com destaque para o cirurgião italiano Umberto Veronesi, do Centro de Oncologia Europeu. A quadrantectomia surgiu como opção à mastectomia radical, que perdurava há décadas como padrão ouro em cirurgia de câncer de mama.</span><br />
<br />
<span style="color: #333333;">Assim como estas cirurgias, a hemipelvectomia interna é outro exemplo de sucesso das cirurgias conservadoras. "Até os anos 1980 os pacientes com tumores ósseos como osteossarcoma e tumor de Ewing eram submetidos a amputações e desarticulações. Além de perder a perna ou o braço, 85% morriam entre um e dois anos após o diagnóstico. Hoje nós preservamos a perna ou o braço desses pacientes e a taxa de cura chega a 70%", destaca Ademar Lopes. </span><br />
<br />
<span style="color: #333333;">Segundo o cirurgião, a década de 70 e o começo dos anos 80 foi "um período brilhante, marcado pela chegada de novas drogas que permitiram reduzir muito o volume tumoral e tornaram possíveis essas cirurgias conservadoras. A evolução foi espetacular. Desde então, a cirurgia minimamente invasiva se tornou uma realidade para muitos outros tipos de câncer", completa Lopes, que trará ao evento estes e outros exemplos associados aos procedimentos cirúrgicos menos invasivos. </span><br />
<br />
<b style="color: #333333;">Diferenciação dos sarcomas -</b><span style="color: #333333;"> A patologista Isabela Werneck da Cunha, do A.C.Camargo, será um dos destaques do Módulo de Sarcomas e Tumores Ósseos. Sob seu olhar atento frente ao microscópio, Isabela estuda a diferenciação dos mais de 50 subtipos de sarcoma, todos molecularmente muito similares. "Por ser bastante complexo diferenciá-los, muitas vezes os sarcomas são tratados da mesma forma". </span><br />
<br />
<span style="color: #333333;">Em sua aula, Isabela abordará a investigação liderada por ela de 4.500 genes de 102 amostras de sarcoma armazenados no banco de tumores do A.C.Camargo. Ela descobriu 30 genes que podem servir de parâmetro para diferenciar os tumores. "Identificamos genes relacionados à metástase e à agressividade que nunca haviam sido descritos", diz. Seus achados iniciais foram publicados na Modern Pathology em 2009</span><a href="http://www.nature.com/modpathol/journal/v22/n10/abs/modpathol200999a.html%20e%20em%202012%20no%20Annals%20of%20Surgical%20Oncology%20-%20http://www.annsurgoncol.org/journals/abstract.html?v=19&j=10434&i=6&a=2184_10.1245_s10434-011-2184-3&doi=" style="color: #008348; font-weight: bold;" target="_blank">www.nature.com/modpathol/journal/v22/n10/abs/modpathol200999a.html e em 2012 no Annals of Surgical Oncology - http://www.annsurgoncol.org/journals/abstract.html?v=19&j=10434&i=6&a=2184_10.1245_s10434-011-2184-3&doi= </a><br />
<br />
<span style="color: #333333;">O Módulo trará discussões também sobre os avanços em terapias sistêmicas de sarcomas de partes moles com o oncologista clínico Celso Abdon Mello, da Oncologia Clinica do A.C.Camargo e os resultados do tratamento multidisciplinar com cirurgia, radioterapia e quimioterapia com os cirurgiões oncologistas Samuel Aguiar Júnior e Ranyell Spencer, todos do Núcleo Avançado de Sarcomas do A.C.Camargo. </span><br />
<br />
<a href="http://www.accamargo.org.br/evento-detalhe/next-frontiers-to-cure-cancer/82" style="color: #008348; font-weight: bold;">Next Frontiers to Cure Cancer - Integrating Science and Patient Care</a><span style="color: #333333;"> - Promovido pelo Hospital A.C.Camargo, o evento acontece de 13 a 15 de junho no Hotel Renaissance, em São Paulo. Coordenado por uma Comissão Científica formada por Vilma Regina Martins, diretora do Centro de Pesquisa do A.C.Camargo; Marcello Ferretti Fanelli, diretor de Oncologia Clínica; Fernando Soares, diretor da Anatomia Patológica e da pós-graduação; Luiz Paulo Kowalski, diretor do Núcleo de Cabeça e Pescoço; Glauco Baiocchi Neto, diretor de Ginecologia Oncológica e também da oncologista clínica Solange Sanches e do pesquisador Rafael Malagolli, o evento receberá a nata da oncologia mundial para discutir os avanços das últimas décadas e também o presente e futuro da oncologia.</span><br />
<br />
<span style="color: #333333;">Dividido em módulos voltados para discutir, individualmente, os tumores de mama, próstata, intestino grosso, reto, rim, pulmão, melanoma, glioblastoma, dentre outros, o evento terá ao todo 90 horas/aula programadas para acontecer em quatro salas. Além de especialistas de todas as regiões do Brasil, estão confirmados palestrantes de outros sete países. Os Estados Unidos serão representados pelo M.D.Anderson Cancer Center, Moffitt Cancer Center e UT Southwestern Medical Center. Do seu vizinho, Canadá, pesquisadores da University Health Network, The Hospital for Sick Children e McGill University. Os demais palestrantes são do Vall d´Hebron Institute of Oncology (Espanha), University of Oxford(Reino Unido), INSERM Unit 807 (França), National Cancer Center Research Institute (Japão) e European Institute of Oncology. (Itália). A expectativa é a de atrair um público de 500 pessoas.</span><br />
<span style="color: #333333;">SERVIÇO</span><br />
<br />
<span style="color: red;"><b>Next Frontiers to Cure Cancer - Integrating Science and Patient Care<br />Realização: Hospital A.C.Camargo<br />Data: 13 a 15 de junho de 2013<br />Local: Hotel Renaissance, Alameda Santos, 2233, São Paulo - SP<br />Cobertura de imprensa: <a href="mailto:moura@comunique.srv.br" target="_blank">moura@comunique.srv.br</a></b></span></div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-87669322975555005932011-11-21T23:35:00.001-03:002011-11-21T23:42:30.131-03:00Stop Desmoids<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Olha que legal essa camisa que um desmoideano americano fez:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsS84vKeS7w8ptZHhU_ud531zeiPA9m2dTvO4t5Gl6VtaddjWDNCfxPKNVID9ySiXlznbnHlsv9jq3ABAAJVh735lKRpbupnctb3EV5df4dWEy7AD6ywXzlyxDkxeojEYXmqgPF19z-lI/s1600/stop+desmoids.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsS84vKeS7w8ptZHhU_ud531zeiPA9m2dTvO4t5Gl6VtaddjWDNCfxPKNVID9ySiXlznbnHlsv9jq3ABAAJVh735lKRpbupnctb3EV5df4dWEy7AD6ywXzlyxDkxeojEYXmqgPF19z-lI/s320/stop+desmoids.png" width="318" /></a></div>
<br />Quem se interessar, pode comprar uma camisa com essa imagem <a href="http://www.redbubble.com/people/destinationx/works/7887313-stopdesmoids" target="_blank">aqui</a>.Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-83734580743026678282011-09-23T01:20:00.000-03:002011-09-23T01:20:07.778-03:00Vincristina, vem!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXdLCQ0q_7SiSgehOtmQ1zTYYTKky6Ykud8WL87i0s1ZSmqW-b97CcTn97IR1K61oUKIB4ganzsCueoCeNK1ahL3sKtEZgt44517JzoSZSVjuoIAV8nRY8pTzf_DPhvZbWWuQRy4FD8jM/s1600/338515_2248982517949_1649795560_2285403_1873332775_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXdLCQ0q_7SiSgehOtmQ1zTYYTKky6Ykud8WL87i0s1ZSmqW-b97CcTn97IR1K61oUKIB4ganzsCueoCeNK1ahL3sKtEZgt44517JzoSZSVjuoIAV8nRY8pTzf_DPhvZbWWuQRy4FD8jM/s640/338515_2248982517949_1649795560_2285403_1873332775_o.jpg" width="356" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">own!</td></tr>
</tbody></table>
Passadinha rápida aqui pra deixar registrada a sessão de hoje da quimioterapia - que à propósito é a 50ª sessão! \o/<br />Gaby veio me visitar em casa, fez essa arte no curativo e tirou a foto. =)<br />
<br />
Então é isso, gente, um pouquinho de fofura neste blog tão sério e pesado. Beijos!<br />Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-33834051134801302632011-09-13T23:50:00.003-03:002011-09-13T23:50:40.284-03:00Segredos do câncer ganham novas luzes<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Na última década a pesquisa do câncer foi guiada pela visão comum de que uma única célula, derrotando as vizinhas, se transforma num tumor maligno.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://i0.ig.com/bancodeimagens/cm/s9/lc/cms9lc2vqpb5tect5u8abbwsy.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica; font-size: 12px;"><div class="credito" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #f8f8f8; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; clear: both; height: 14px; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 3px; padding-left: 10px; padding-right: 10px; padding-top: 3px; text-decoration: none;">
<cite style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #666666; float: left; font: normal normal normal 11px/normal arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">Foto: Thinkstock/Getty Images</cite></div>
<div class="legenda" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #f8f8f8; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; clear: both; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 10px; padding-right: 10px; padding-top: 5px; text-decoration: none; width: auto;">
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font: normal normal bold 12px/16px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Pesquisas recentes mostram que o câncer é muito mais que a visão comum de uma única célula, derrotando as vizinhas, e se transformando num tumor maligno</div>
</div>
</span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Por meio de uma série de mutações aleatórias, os genes que estimulam a divisão celular são colocados em marcha acelerada, ao mesmo tempo em que são desligados os genes que costumam enviar sinais restringindo seu crescimento.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Com o acelerador no máximo e o freio cortado, a célula e suas descendentes estão livres para se multiplicar rapidamente. Mais mutações se acumulam, permitindo que as células cancerígenas enganem outras proteções, invadindo o tecido vizinho e entrando em metástase.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Esses princípios básicos – apresentados há 11 anos num estudo fundamental, 'The Hallmarks of Cancer’, de Douglas Hanahan e Robert A. Weinberg, e revisitados num artigo complementar neste ano – ainda servem como o paradigma reinante, uma espécie de teoria do Big Bang desse campo.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Porém, descobertas recentes complicaram o cenário com um emaranhado de novos detalhes. O câncer parecer ser ainda mais deliberado e calculista do que se imaginava.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Por exemplo, a maior parte do DNA era há muito tempo considerado lixo – um submundo de detritos sem importância no papel do câncer e em tudo mais.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Somente cerca de dois por cento do genoma humano traz o código para criação de enzimas e outras proteínas, as engrenagens e andaimes da maquinaria que uma célula cancerígena se apodera.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Hoje em dia, o 'lixo’ do DNA é chamado de forma mais respeitosa de 'não codificado’, e os pesquisadores estão encontrando pistas de que “pseudogenes” rondando essa região sombria podem desempenhar um papel no câncer.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
“Nós nos concentramos de forma obcecada em dois por cento do genoma”, disse o Dr. Pier Paolo Pandolfi, professor de medicina e patologia na Escola de Medicina de Harvard. Na primavera, na reunião anual da Associação Americana de Pesquisa do Câncer, em Orlando, Flórida, ele descreveu uma nova “dimensão biológica” na qual sinais vindos de ambas as regiões do genoma participam do delicado equilíbrio entre a atividade celular normal e a maligna.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
À medida que olham além do genoma, os cancerologistas também estão despertando para o fato de que cerca de 90 por cento das células codificadoras de proteína em nosso corpo são micróbios. Nós evoluímos com eles numa relação de simbiose, levantando a questão de quem ocupa quem.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
“Nossa inferioridade numérica é gigantesca”, disse Jeremy K. Nicholson, chefe de química biológica e diretor do departamento de cirurgia e câncer do Imperial College London. Segundo ele, em conjunto, 99 por cento dos genes funcionais no corpo são microbiais.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Em Orlando, ele e outros pesquisadores descreveram como os genes desse microbioma – trocando mensagens com genes dentro das células humanas – podem estar envolvidos em cânceres de cólon, estômago, esôfago e outros órgãos.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Olhadas em perspectiva, essas mudanças, ocorrendo por meio da biologia celular, podem parecer tão estonteantes como o que aconteceu com a cosmologia com a descoberta de que a matéria escura e a energia escura compõem a maior parte do universo. De repente, o segundo plano vem para o primeiro plano e assuntos que pareciam resolvidos ficam de pernas para o ar.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Na cosmologia, a teoria do Big Bang surgiu da confusão num formato forte e intrincado. O mesmo pode estar acontecendo com a ciência do câncer.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Protagonistas exóticos Segundo o dogma central da biologia molecular, a informação codificada no DNA do genoma é copiada pelo RNA mensageiro e depois transportada a estruturas subcelulares chamadas ribossomos, onde as instruções são usadas para montar proteínas. À espreita nos bastidores, fragmentos chamados microRNA que antes pareciam mais ruído molecular, agora têm aparecido com cada vez mais proeminência nas teorias sobre o câncer.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Ao se ligarem a um gene do RNA mensageiro, o microRNA pode impedir que as instruções cheguem ao alvo – essencialmente silenciando o gene – e também pode modular o sinal de outras formas. Diversas apresentações no encontro de Orlando exploravam como os microRNAs estão envolvidos na sintonia fina que distingue uma célula saudável de uma maligna.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Ampliando ainda mais a complexidade, Pandolfi, o pesquisador da Escola de Medicina de Harvard, expôs uma teoria elaborada envolvendo microRNAs e pseudogenes. Para cada pseudogene existe um gene codificador de proteína comum. (Acredita-se que ambos derivem de um gene ancestral comum, com o pseudogene tendo sido deixado de lado na evolução quando se tornou disfuncional.) Enquanto genes normais expressam sua vontade mandando sinais do RNA mensageiro, os pseudogenes danificados são mudos ou têm linguagem inarticulada.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Ou era isso o que se pensava. Pouca coisa é desperdiçada pela evolução e Pandolfi sugere que os sinais do RNA de genes e pseudogenes interagem por meio de uma linguagem envolvendo microRNAs. (Os sinais são chamados ceRNAs, significado 'RNAs conflitantes endógenos’.) Seu laboratório no Centro Médico Diaconisa Beth Israel, em Boston, está estudando como este misterioso meio de comunicação é usado por genes chamados PTEN e KRAS, geralmente ligados ao câncer, para conversar com seus pseudogêmeos. A hipótese é apresentada com mais detalhes num ensaio na edição deste mês da revista Cell.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Estimulados pelo café gratuito oferecido por companhias farmacêuticas apregoando suas mercadorias, os cientistas da reunião de Orlando iam de sessão em sessão e vasculhavam corredores de pôsteres, procurando o que poderia ter sido recentemente descoberto sobre outros protagonistas exóticos: lincRNA, (RNA não codificado de grande interferência), siRNA (de pequena interferência), snoRNA (de nucleolar pequeno) e piRNA (de interação com Piwi (abreviatura de 'P-element induced wimpy testis’, um termo peculiar que ameaça transformar esta frase numa explicação apinhada de parênteses).</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
No documento original – o mais citado na história da Cell – Hanahan e Weinberg se valeram de uma profusão de pesquisas emergentes e a sintetizaram em seis características. Todas elas, conforme a proposta, são compartilhadas pela maioria e, quiçá, todos os cânceres humanos. Eles chegaram a prever que em 20 anos o circuito da célula cancerígena estaria mapeado e compreendido por completo, como transistores num chip de computador, deixando a biologia do câncer mais parecida com química ou física – ciências governadas por regras precisas e previsíveis.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Agora parece que existem transistores dentro dos transistores. “Ainda acho que o diagrama básico, ou pelo menos seu esboço, possa ser delineado dentro de uma década”, disse Weinberg por e-mail. “MicroRNAs podem ser mais como minitransístores ou amplificadores, mas independentemente da forma como são descritos, continuam sendo ligados ao circuito de uma forma ou de outra”.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
No estudo seguinte, 'Hallmarks of Cancer: The Next Generation’, ele e Hanahan citaram duas “particularidades emergentes” que a pesquisa futura pode demonstrar ser crucial para a malignidade – a capacidade de uma célula aberrante reprogramar seu metabolismo desenfreado e escapar da destruição pelo sistema imunológico.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Aliados involuntários Mesmo que todas as linhas e caixas do esquema da célula cancerígena possam ser esboçadas, complicações enormes permanecerão. A pesquisa está cada vez mais concentrada no fato de que um tumor não é uma massa homogênea de células cancerígenas. Ele também contém células saudáveis recrutadas para a causa.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Células chamadas fibroblastos colaboram secretando proteínas que o tumor necessita para construir seu sistema de suporte e expandir para os tecidos circundantes. As células do sistema imunológico, manobradas para se comportar como se estivesse curando uma ferida, emitem fatores de crescimento que incentivam o tumor e estimulam a angiogênese, a geração de novos vasos sanguíneos. As células endoteliais, que formam o revestimento do sistema circulatório, também são convocadas para a construção do fornecimento de sangue para o tumor.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Todos esses processos estão tão entrelaçados que é difícil saber onde um termina e outro começa. Com tanta maquinaria interna, os tumores malignos estão agora sendo comparados a órgãos renegados nascendo dentro do corpo.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
À medida que as várias células estão conspirando, elas também podem trocar informações com células em outro reino – os micro-organismos da boca, pele, sistema respiratório, trato urogenital, estômago e sistema digestivo. Cada micróbio tem seu conjunto próprio de genes, que podem interagir com os do corpo humano trocando sinais moleculares.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
“A sinalização feita por esses micróbios é extremamente complexa”, Nicholson disse durante entrevista no Imperial College. “Eles remetem sinais metabólicos entre si – e enviam constantemente químicos que estimulam nossos processos biológicos. É impressionante. Eles ficam ali sentados fazendo seu serviço e a maior parte dele nós realmente não compreendemos”.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Pessoas de diferentes locais geográficos podem carregar ecossistemas microbiais distintos. Ano passado, cientistas relataram que o microbioma japonês adquiriu um gene para digestão de alga de uma bactéria marinha. O gene, não encontrado nas vísceras dos americanos, pode ajudar a digestão dos invólucros do sushi. A ideia de que pessoas em diferentes regiões do mundo podem ter evoluído com diferentes ecossistemas microbiais pode ser um fato – em conjunto com a dieta, estilo de vida e outros agentes ambientais – que explica por que elas costumam ser tão sujeitos a cânceres distintos.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
A composição do microbioma muda geograficamente e também ao longo do tempo.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Com as melhorias sanitárias, alterações na dieta e o crescimento do uso de antibióticos, os níveis do micróbio 'Helicobacter pylori’ está decrescendo em países desenvolvidos, em conjunto com o câncer estomacal. Ao mesmo tempo, porém, o câncer de esôfago está crescendo, levando a especulações de que o H. pylori fornece algum tipo de efeito protetor.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Na reunião de Orlando, o Dr. Zhiheng Pei, da Universidade de Nova York, sugeriu que a situação é mais complexa. Dois tipos diferentes de ecossistemas microbiais foram identificados no esôfago humano. O laboratório de Pei descobriu que pessoas com o órgão inflamado ou com a condição pré-cancerosa chamada esôfago de Barrett estão mais propensas a abrigar o que ele chamou de microbioma do Tipo II.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
“No momento, não está claro se o microbioma do Tipo II causa doenças esofágicas ou se o refluxo gastroesofágico muda o microbioma do Tipo I para o II”, Pei escreveu por e-mail. “De qualquer forma, a exposição crônica do esôfago a um microbioma anormal poderia ser um passo essencial para o dano ao órgão e, por fim, ao câncer”.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Inimigos invisíveis Numa sessão em Orlando sobre o futuro da pesquisa do câncer, o Dr. Harold Varmus, diretor do Instituto Nacional do Câncer americano, descreveu a iniciativa Provocative Questions, novo esforço para investigar mistérios e paradoxos que podem ser vulneráveis à solução.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
“Em nossa pressa de fazer as coisas que são óbvias, estamos nos esquecendo de prestar atenção a muitos fenômenos inexplicados”, disse.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-style: initial; border-top-width: 0px; font: normal normal normal 14px/20px arial; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 14px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">
Por exemplo, por que o vírus Epstein-Barr causa diferentes cânceres em populações diferentes? Por que pacientes com certas doenças neurológicas como Parkinson, Huntington, Alzheimer e Síndrome do X Frágil parecem apresentar um risco baixo para a maioria dos cânceres? Por que alguns tecidos são mais propensos do que outros a desenvolver tumores? Por que algumas mutações despertam efeitos cancerosos num tipo de célula, mas não em outros? Com tantos fenômenos em busca de uma explicação biológica, o artigo 'Hallmarks of Cancer: The Next Generation’ pode muito bem ser acompanhado de uma segunda continuação – com reviravoltas tão inesperadas como aquelas do antigo seriado 'Jornada nas Estrelas’. O inimigo dentro de nós é, em todos os aspectos, tão formidável quanto os invasores inventados do além. Aprender a ser mais esperto do que eles é a ciência principal nos confins do universo da célula viva.<br />
<br />
[fonte: <a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/segredos+do+cancer+ganham+novas+luzes/n1597179982916.html">http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/segredos+do+cancer+ganham+novas+luzes/n1597179982916.html</a> ]</div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-71645140418463871372011-09-06T20:21:00.000-03:002015-05-07T11:28:00.385-03:00Boa alimentação durante a quimioterapiaEu adoro comer! Sério, todos os meus programas de lazer incluem comida na programação e nos últimos meses da quimioterapia tenho me sentido muito mais enjoada, chegando inclusive a vomitar tudo.Às vezes só de pensar em comida faz meu estômago remexer, algo bastante estranho pra mim, que tenho os olhos maiores do que todos os meus órgãos juntos! hahaha<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6NGvvgMyUR4MuKwPVrE6G7IMdFtv1GYz2PV-acC95ReVRrOVmQU5mjraPj7nloE3mXeN_f0HC9rEs4pbsml6Z_N8ku13Lz5yhS63M79Agulr2DU0Fds39_O8dFRyKXEnr2XBbvbolzas/s1600/blog+huge-pizza-slice-tb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6NGvvgMyUR4MuKwPVrE6G7IMdFtv1GYz2PV-acC95ReVRrOVmQU5mjraPj7nloE3mXeN_f0HC9rEs4pbsml6Z_N8ku13Lz5yhS63M79Agulr2DU0Fds39_O8dFRyKXEnr2XBbvbolzas/s1600/blog+huge-pizza-slice-tb.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">nhaaaam!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
Indignada com esse absurdo, encontrei este livro em PDF: <a href="http://www.drapatriciaandrade.com.br/down/manual.pdf" target="_blank">Uma Boa Alimentação durante o Tratamento do Câncer - Dicas para comer bem.</a></div>
<div style="text-align: left;">
Uma tradução e adaptação deste <a href="http://www.cancer.gov/cancertopics/coping/eatinghints.pdf">manual escrito pelo National Cancer Institute, nos EUA</a>. </div>
<div style="text-align: left;">
O livro dá dicas de como se alimentar durante o tratamento quimioterápico, mas na minha opinião, este manual é interessante pra qualquer pessoa.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Como eu comecei este post reclamando dos enjoos e da falta de apetite que venho sentindo, vou terminá-lo com a citação de uma parte do livro sobre perda de apetite:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<blockquote>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5.0pt; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">A perda ou a falta de apetite é um dos problemas mais comuns do
câncer e do seu tratamento. Muitas coisas afetam o apetite, inclusive o
mal-estar (náusea, vômito) e o fato de sentir-se transtornado ou deprimido
por ter câncer. A pessoa que tem essas sensações, sejam elas físicas
ou emocionais, pode perder o interesse por comer. As seguintes sugestões
podem ajudar a tornar mais agradável a hora das refeições para que você
tenha mais vontade de comer:<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
• Mantenha a calma, especialmente na hora das
refeições. Não coma com pressa.</div>
<span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">• Ocupe-se com o maior número possível de atividades normais. No entanto, se
não estiver com vontade e não quiser participar delas, não se sinta obrigado a
isso.</span></div>
<span style="color: black;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">• Tente mudar a hora, o lugar e o ambiente onde come. Um jantar à luz de velas
pode tornar a refeição mais atraente. Ponha uma mesa colorida, ouça música
suave enquanto come. Coma com outras pessoas ou fique assistindo ao seu
programa de TV favorito durante a refeição.</span></span></div>
<span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">
<div style="text-align: justify;">
• Coma sempre que tiver fome. O número de refeições do dia não precisa ser
exatamente as três principais. Várias pequenas refeições ao longo do dia podem
até dar melhores resultados.</div>
<div style="text-align: justify;">
• O menu deve ser variado. Experimente algumas das receitas da parte
intitulada: “Receitas para melhorar a nutrição durante o tratamento do câncer”
(pág. 55).</div>
<div style="text-align: justify;">
• Coma com freqüência durante o dia, mesmo na hora de dormir. Tenha sempre um
lanche sadio à mão. Se de hora em hora você der umas mordiscadas no
alimento correto ou uns goles no líquido apropriado, pode obter proteínas e
calorias com mais facilidade.</div>
</span></span></div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-56986221219701988302011-08-27T23:45:00.002-03:002011-08-27T23:56:34.929-03:00História de Sucesso #2<div style="text-align: justify;">
Quando fui à São Paulo me consultar com Doutor Celso Mello, ele me perguntou sobre que linha de tratamento eu tinha em mente. Minha primeira reação foi pedir pela quimioterapia mais forte, pensando que a eficácia seria proporcional (pensamento totalmente errado, forte ou fraca eu correria o mesmo risco de dar certo ou não). Aconteceu o mesmo quando minha mãe teve câncer de mama. Eu não aceitava a decisão do médico de fazer "apenas" 20 sessões de radioterapia depois da cirurgia, eu achava que só isso não curaria minha mãe, eu queria que minha mãe fizesse um tratamento mais intenso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sou assim! Quando me deparo com algo diferente e assustador dá vontade de tomar uma decisão drástica pra, quem sabe, ficar logo livre do problema, cortar logo o mal pela raiz.</div>
<div style="text-align: justify;">
Acredito que isso aconteça com os médicos também... quando a doença é muito peculiar, é difícil tomar uma decisão com firmeza, principalmente quando não se tem conhecimento o suficiente sobre ela. Por mais que o médico queira ajudar, se ele não souber como a doença reage a cada tratamento, talvez até piore a situação para o paciente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A "desmoideana" do post de hoje quase foi prejudicada, mas acabou encontrando o profissional especializado que pôde curá-la. Aqui está o que ela me contou:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote>
Eu fiz minha primeira cirurgia pra remover o tumor desmóide em meu úmero em 2001.<br />
Meus tumores reapareceram num total de cinco vezes.<br />
Passei por cirurgia com o mesmo médico três vezes. Após a terceira vez, ele me mandou para um Radio-Oncologista pra me submeter a radioterapia antes de ter que amputar meu braço.<br />
O radio-oncologista me indicou um dos médicos dessa lista e acabou salvando meu braço. Na operação, junto com o tumor foram removidos o tendão do tríceps e a parte anterior do músculo deltóide.<br />
Por conta disso, tenho dano no nervo e não consigo sentir nada na ponta dos meus dedos, porém eu tenho cerca de 90% dos movimentos em meu braço. Fico feliz por ainda tê-lo.<br />
Eu passei por uma radioterapia pre-operatória e também uma pós-operatória e então em 3 de outubro de 2003 eu passei pela cirurgia.<br />
Eu estou livre de tumores desde então e estou chegando no 8º ano sem nenhuma recorrência.</blockquote>
</div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-85454046827526953542011-08-10T15:10:00.002-03:002011-08-28T00:42:47.479-03:00História de Sucesso #1<div style="text-align: justify;">
Saber que alguém que está na mesma situação que a sua está conseguindo dar a volta por cima reanima, traz esperanças e mais forças. Imagina então quando o problema em questão é uma doença em que te dizem que não se tem um tratamento certo e que as chances de recidiva são grandes, e a pessoa ainda assim conseguiu se curar?!</div>
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<br /></div>
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No <a href="http://listserv.acor.org/SCRIPTS/WA-ACOR.EXE?SUBED2=DESMOID&A=1&s=&t=&p=&q=&b=Join+the+list&0=&1=&2=&4=&9=Medical&9=Other&r=Medical+Other">ListSERV</a> do<a href="http://www.dtrf.org/"> Desmoid Tumor Research Foundation</a> que, como já falei anteriormente, é um grupo de suporte formado em sua maioria por pacientes com tumores desmóides, existe vários relatos de pessoas que tiveram respostas muito positivas em seus tratamentos, então eu pedi a essas pessoas permissão pra colocar aqui suas histórias.</div>
Aqui vai a primeira:<br /><br />
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<blockquote>
Eu tinha um tumor desmóide na minha coluna lombar, envolvendo a parte direita da pélvis, o cóccix e algumas costelas em 1996/1997. Eu tinha 29 anos, prestes a completar 30. Fiz quatro cirurgias pra remover o tumor - cinco se contar com a biópsia. A retirada e reconstrução de tudo em que foi mexido na cirurgia foi mais extensa do que a retirada do tumor em si. Eu fiquei 32 dias no hospital, nos quais fiz 48 horas de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Braquiterapia">braquiterapia</a>, que é um tipo de radioterapia em que são inseridos cirurgicamente tubos de borracha ao redor da área onde existia o tumor e então fecham a incisão, deixando os tubos pra fora do corpo. Os médicos então colocam a radiação por esses tubos e deixam lá por um tempo específico, não sei dizer porquê decidiram deixar por 48 horas. Depois dos 32 dias voltei pra casa, tive algum tempo pra me recuperar e então fiz 6 meses de radioterapia.<br /><br />Hoje tenho 44 anos e até agora NADA de reaparecimento do tumor. Não digo
que a cirurgia não me trouxe alguns problemas, trouxe, mas estou viva,
andando, livre do tumor e feliz! </blockquote>
</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, gente, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=yKZaoUNXzn0&feature=related">levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima</a> que um dia seremos protagonistas de uma história feliz assim também!</div>
Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-59423846508747414812011-07-08T15:35:00.002-03:002011-07-08T23:31:59.380-03:00Menos 144,215 cm³ pra detonar!Pois é, diminuiu, gente!!!!! E eu fiz os cálculos do quanto. Quase a metade do meu tumor foi embora! EEEEEEEE!<br />
Pra ter uma idéia melhor do tamanho, eu multipliquei as dimensões do carocinho no laudo da ressonância que fiz no A.C. Camargo em julho e do laudo de agora, lá no Multimagem. Ele tinha 329,175 cm³ de volume em julho e agora tem somente 184,96 cm³!!!!!<br />
Como finalmente os dois anos de carência de meu plano de saúde chegaram ao fim, pude escolher onde fazer a ressonância por ele. Fui super bem atendida no Multimagem, não tenho nada a reclamar como quando fiz o exame na <a href="http://desmoide.blogspot.com/2010/04/ressonancia-fail-versao-extendida.html">UniNeuro</a>. <3<br />
<br />
Voltei à Dra Jurema pra mostrar o resultado e ela ficou super feliz! Ela decidiu me botar por mais três meses na quimioterapia com Vincristina. Reclamei à ela que minhas dores voltaram e ela percebeu na ressonância que o tumor está pressionando um nervo que passa no ombro, então ela passou um remédio pra eu tomar por cinco dias pra descomprimir o nervo.<br />
Já pra dor em si, além do Lyrica 75mg que eu já tomava duas vezes ao dia, ela passou o Cloridrato de Tramadol que teria um efeito mais instantâneo - adianto que o detestei!!! Tomei este remédio duas vezes um dia (respeitando o limite de tomá-lo num período mínimo de 6 horas entre as doses) e noooooooooooooooooossa, me senti muito mal! Foi pior que a quimioterapia! hahaha<br />
A dor passou um pouco, mas passei o dia inteiro com náuseas e vômito, aliada a uma sensação estranha na cabeça - um misto de tontura com uma espécie de névoa e uma certa demora pra entender as coisas. Aí fiquei com medo dessas reações e parei de tomá-lo, prefiro enfrentar a dor do jeito clássico mesmo: cama + travesseiro + compressa com bolsa de gel gelado! Hunf! =)Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-28594951927170960852011-05-23T01:46:00.001-03:002011-05-24T21:46:00.143-03:00Comunidade no Orkut e ressonânciaOi, gente, como vocês estão?<br />
<br />
Alguns amigos "desmoideanos" conversaram comigo sobre o interesse em conhecer outras pessoas com esse mesmo problema, se ajudarem, e quem sabe até encontrar uma solução juntos! Bom, eu criei ha um tempinho uma comunidade no orkut e esqueci de postar aqui o endereço pra ela!!!!<br />
Aqui está o link: <a href="http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=98511408">Comunidade desmoideana no Orkut</a><br />
Vocês podem falar o que quiserem lá, só pessoas da comunidade podem ler os posts. Entrem! Quero conhecer mais e ver como vocês são! =D<br />
<br />
Mudando de assunto, depois de quase 2 meses tentando, irei fazer minha ressonância! Será um dia antes de meu aniversário, depois de amanhã! O resultado dessa ressonância definirá se eu continuarei fazendo quimioterapia com o vincristina, se mudarei o tipo da quimio, se voltarei pro tamoxifeno, ou se não farei mais nada - que é a opção que menos gosto.<br />
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Ah! esqueci de contar aqui que desde abril minha médica deu uma pausa na quimioterapia pra deixar meu corpo respirar e se reestabelecer. Olha só como meus cabelinhos já estão grandinhos:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2aVdvm0NHZAor7cq-10YZ_2xNjNme4PHQE7kzbkZoHUVDDpde5y6SROhtk2iCe7K_p7lC3WiETWH-oAYU-I2GN5cZl5TEHr3RehGEZJmEUVS3rAq3TqU5hzZz3DezPJbcjzO6LYn83rg/s1600/cabelo+crescendo+012.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2aVdvm0NHZAor7cq-10YZ_2xNjNme4PHQE7kzbkZoHUVDDpde5y6SROhtk2iCe7K_p7lC3WiETWH-oAYU-I2GN5cZl5TEHr3RehGEZJmEUVS3rAq3TqU5hzZz3DezPJbcjzO6LYn83rg/s320/cabelo+crescendo+012.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
>:)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
hahahaha</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Beijo!</div>
<br />Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-24853647663554758642011-04-15T00:30:00.001-03:002011-04-15T00:39:23.008-03:00Assopra depois mordeMinha gente, tenho duas notícias pra mostrar a vocês!<br />
A primeira é ÓÓÓÓÓTIMA: Já está "ativa" e operante uma máquina de ultrassom que emite ondas de som que podem destruir células cancerígenas. O melhor de tudo é que ninguém precisa pagar uma fortuna por isso porque este tratamento é feito pelo SUS! Infelizmente não é qualquer um que está apto a fazer este tratamento, o paciente candidato a esta nova abordagem tem que se submeter a uma avaliação primeiro - o tamanho e a localização do tumor são elementos cruciais para a seleção.<br />
Pra mais informações é só clicar *;<a href="http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/instituto-do-cancer-apresenta-ultrassom-que-dispensa-cirurgia.html">aqui</a>*<br />
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<br />
Já a segunda notícia chega a ser óbvia, mas ler por A + B que algo faz mal sempre provoca aquela paranóia, ne? Então deixa eu explicar: uma nutricionista listou os dez alimentos que fazem mais mal pra nossa saúde e que deixam de ser apenas "comidas engordativas".<br />
Nesse Top 10 da depressão culinária está o meu maior amor: PIZZA<br />
e meu segundo amor: o refrigerante (mais especificamente a coca-cola)<br />
O link pra matéria é *<a href="http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/abril/nutricionista-lista-os-10-piores-alimentos-para">esse</a>* <br />
Vejam que a nutricionista não poupou nem o "inofencivo" sorvete... Viverei de tomate e alface apartir de agora!<br />
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Beijo.Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-55861628546546803692011-04-03T21:55:00.007-03:002011-04-03T23:07:56.870-03:00Tumor desmóide em pacientes com polipose adenomatosa familiar<span style="font-family: arial;font-family:georgia;font-size:100%;" >Oi, gente!<br />Hoje venho postar um estudo sobre o tumor desmóide em pacientes com Polipose Adenomatosa Familiar (PAF), feito pela médica <a href="http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4276812D5">Raquel Franco Leal</a>, indicação de uma das leitoras aqui do blog, a Magali.<br /></span><blockquote style="font-family: arial;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;"><br /></span><blockquote><span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;">Tumor desmóide em pacientes com polipose adenomatosa familiar</span><br /><br />Raquel Franco LealI; Patricia V. V. Tapia SilvaI; Maria de Lourdes Setsuko AyrizonoI; João José FagundesI; Eliane M. Ingrid AmstaldenII; Cláudio Saddy Rodrigues CoyI<br /><br />IServiço de Coloproctologia, UNICAMP<br />IIDepartamento de Anatomia Patológica, UNICAMP, Campinas, SP, Brazil<br /><br /></span><p><span style="font-size:100%;"><b>RESUMO </b></span></p><span style="font-size:100%;"> </span><p><span style="font-size:100%;"><b>CONTEXTO: </b>Os tumores desmóides representam uma das manifestações extraintestinais mais importantes na síndrome da polipose adenomatosa familiar. O aparecimento desta neoplasia está relacionada ao aumento da morbimortalidade nos doentes com polipose adenomatosa familiar.<br /><b>OBJETIVOS: </b> Avaliar a ocorrência dos tumores desmóides nos casos de polipose adenomatosa familiar submetidos a colectomia profilática e avaliar o seguimento em ambulatório.<br /><b>MÉTODOS: </b>Entre 1984 e 2008, 68 pacientes foram submetidos a colectomia por polipose adenomatosa familiar no Hospital das Clínicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas, SP. Os tumores desmóides ocorreram em nove pacientes (13.2%), que foram estudados retrospectivamente, por meio da análise de prontuários, buscando dados clínicos e cirúrgicos.<br /><b>RESULTADOS: </b> Dos nove pacientes, sete (77,8%) foram submetidos a laparotomia para ressecção do tumor. A média de idade no momento da cirurgia foi de 33,9 anos (variando 22-51 anos). Os tumores desmóides da parede abdominal ocorreram em 3/9 casos (33.3%) e os intra-abdominais em seis casos (66,7%). O tempo médio entre a cirurgia do reservatório ileal e o diagnóstico do tumor desmóide foi de 37,5 meses (variando 14-60 meses), enquanto o tempo médio entre a cirurgia de colectomia com anastomose íleorretal e o diagnóstico foi de 63,7 meses (variando 25-116 meses). Em 6/9 (66,7%) pacientes com tumor desmóide, a doença estava controlada ou não havia evidência de recidiva do tumor em 63,1 meses (variando de 12 a 240 meses) de tempo médio de seguimento.<br /><b>CONCLUSÃO: </b> <span style="color: rgb(255, 0, 0);">Os tumores desmóides ocorreram em 13,2% dos casos de polipose adenomatosa familiar após a cirurgia do cólon</span>; desta maneira, os pacientes com polipose adenomatosa familiar devem manter seguimento em ambulatório e o rastreamento deve incluir o exame abdominal minucioso a fim de identificar sinais e sintomas que possam conduzir ao diagnóstico de tumor desmóide. <span style="color: rgb(255, 0, 0);">As opções de tratamento incluem cirurgia e manejo clínico com antiestrogênios, anti-inflamatórios ou quimioterapia.<br /></span></span></p><p><span style="font-size:100%;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Apesar de tudo o que se conhece a respeito dos tumores desmóides, os tratamentos continuam sendo controversos no que diz respeito a decisões relativas à cirurgia e terapia adjuvante. Consequentemente, mais pesquisas são necessárias para o desenvolvimento de tratamentos estratérgicos para diminuir a morbidez e mortalidade associadas ao desmóide em pacientes com PAF. Mais estudos são necessários para melhorar o tratamento nestes casos.<br /></span></span></p></blockquote></blockquote><blockquote style="font-family: arial;font-family:georgia;"><p><span style="font-size:100%;"></span></p><span style="font-size:100%;"> </span></blockquote><br /><span style="font-family: arial;font-family:georgia;" >Para quem quiser ler o arquivo completo, é só clicar <a href="http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-28032010000400010&script=sci_arttext">aqui</a></span>.<br /><br /><span style="font-family: arial;font-family:georgia;" >Queria pedir desculpas por demorar a postar pois estou trabalhando no meu projeto de graduação e estou sem tempo pra atualizar o blog mais frequentemente. Ah, e torçam pelo meu projeto, por favor! Todo mundo de dedos cruzados pra que eu consiga terminá-lo a tempo! hahaha</span>Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1887871112018096712.post-30733116675203685232011-03-04T16:23:00.004-03:002011-03-04T17:20:38.227-03:00Mandem mensagens!Oi, gente!<br />Estou adorando conhecer novas pessas aqui pelo blog, só que com algumas eu não consigo manter contato ou conversar mais a fundo porque por comentários aqui fica complicado! Então meu namorado ajeitou a área pra contato que fica aqui a direita --> e também nas abas ali em cima, no topo da página (o link é este <a href="http://desmoide.blogspot.com/p/contato-2_04.html">aqui</a>). Caso vocês queiram conversar comigo, trocar idéias, perguntar, sugerir, reclamar, enfim, qualquer coisa! É só clicar lá, preencher os campos de nome e e-mail e pronto! Juro que respondo rapidinho! =)<br /><br /><br />[ps. Magali, vou pesquisar mais a fundo sobre a Organização Nacional de Doenças Raras pra poder te falar algo. Tudo que posso dizer é que é uma organização Norte Americana. Beijo!]Carol Kantihttp://www.blogger.com/profile/16335265488464652201noreply@blogger.com2